O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou nesta segunda-feira (12.mai.2025) um decreto para reduzir em até 59% o preço dos medicamentos no país. A ação determina que o Departamento de Saúde negocie preços mais baixos para cada remédio.
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Em 30 dias da data desta ordem, o secretário deverá […] comunicar metas de preços de importação mais vantajosas aos fabricantes de produtos farmacêuticos para alinhar os preços para pacientes americanos com os de nações comparativamente desenvolvidas.
Caso a negociação inicial de 30 dias não seja bem-sucedida, o Secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., deverá promover programas de compra direta de medicamentos em outros países.
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O decreto impacta diretamente as indústrias farmacêuticas, que podem ser pressionadas a garantir um preço ao consumidor norte-americano similar ao de outros países.
De acordo com o republicano, os Estados Unidos passarão a “pagar o mesmo” que países como a Europa. Trump também solicita que as agências do governo abordem o “parasitismo global e a discriminação de preços contra pacientes americanos”.
Como funcionará
A iniciativa busca reduzir o custo dos medicamentos diretamente na linha de produção. Diversas etapas influenciam o valor dos remédios nos Estados Unidos.
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As empresas farmacêuticas e fabricantes repassam os valores para as seguradoras de saúde ou programas governamentais, como Medicaid ou Medicare.
Diversos descontos podem ser aplicados conforme cada plano de saúde ou órgão que receberá o valor da fabricante.
Em um cenário imaginado, um medicamento tem custo de US$ 800 nos Estados Unidos, sendo negociado a US$ 100 na Alemanha. O Secretário de Saúde entraria em contato com a farmacêutica responsável pela produção, que poderia reduzir os preços para US$ 100 a US$ 150 para o Medicare ou consumidor final.
Se a empresa não concordar em reduzir o preço, por receio de perdas de lucro ou outros prejuízos, o governo autorizará a importação do medicamento em questão pela Alemanha. Essa ação afetaria a empresa americana, que perderia clientes para o concorrente com um remédio mais barato.
A proposta de Trump em prejudicar empresas locais por meio da importação seria desafiar o lobby mais influente do mundo, possivelmente o lobby do setor farmacêutico.
O republicano já tentou implementar uma medida similar no final do primeiro mandato, porém o governo do ex-presidente Joe Biden (Partido Democrata) anulou o decreto.
As empresas farmacêuticas criticaram Trump e argumentaram que uma possível redução de lucros devido à importação teria impactos nas pesquisas para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Fonte: Poder 360