Trump confirma que enviado especial visitará a Rússia na próxima semana

A chegada de Steve Witkoff ocorreu na véspera do ultimato das sanções de Washington, em face do aumento das tensões com Moscou.

04/08/2025 7h09

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TURNBERRY (United Kingdom), 28/07/2025.- US President Donald J. Trump gestures during a meeting with the British prime minister at the Trump Turnberry golf resort in Turnberry, Scotland, Britain, 28 July 2025. President Trump is on a private trip to Scotland to visit his golf courses. (Reino Unido) EFE/EPA/TOLGA AKMEN / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou no domingo (3) que seu enviado especial Steve Witkoff visitará a Rússia na próxima semana, antes do ultimato anunciado para as sanções de Washington e em um cenário de aumento das tensões com Moscou. Trump disse ainda que dois submarinos nucleares — que ele ordenou o envio após uma discussão virtual com o ex-presidente russo Dmitri Medvedev — estão “na região” atualmente. O presidente republicano não explicou se fazia referência a submarinos de propulsão nuclear ou equipados com armas atômicas.

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Ele também não detalhou os locais de deslocamento, mantidos em sigilo pelas Forças Armadas americanas. A demonstração de força nuclear ocorre no contexto do prazo estabelecido por Trump – até o final da próxima semana – para que a Rússia adote medidas para acabar com a guerra na Ucrânia, sob risco de enfrentar novas sanções que não foram especificadas. Em declarações à imprensa, Trump disse que Witkoff visitaria a Rússia “acredito que na próxima semana, na quarta ou quinta-feira”.

O presidente russo, Vladimir Putin, já se reuniu com Witkoff em várias ocasiões em Moscou, antes da interrupção dos esforços de Trump para retomar as relações com o Kremlin. Questionado sobre a mensagem de Witkoff para Moscou e se havia algo que a Rússia poderia fazer para evitar as sanções, Trump respondeu: “Sim, alcançar um acordo para que as pessoas parem de morrer”. Trump já havia ameaçado que as novas medidas poderiam implicar “tarifas secundárias” direcionadas aos parceiros comerciais restantes da Rússia, como China e Índia. As sanções prejudicariam ainda mais o Kremlin, mas representariam um risco de perturbação internacional considerável.

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Apesar da pressão de Washington, a ofensiva da Rússia contra o país vizinho pró-Ocidente segue avançando. Putin, que rejeitou sistematicamente os apelos por um cessar-fogo, declarou na sexta-feira que almeja uma “paz duradoura e estável” no conflito com a Ucrânia, mas ressaltou que suas condições para a trégua não mudaram. As exigências de Moscou incluem a retirada das tropas ucranianas das áreas ocupadas pelos russos e que Kiev abandone o processo de adesão à Otan.

A Ucrânia declarou intensificar seus ataques contra a Rússia em retaliação ao aumento dos ataques russos contra seu território nas últimas semanas, que ceifaram dezenas de vidas civis. O Ministério da Defesa russo anunciou nesta segunda-feira que seu sistema de defesa aérea interceptou 61 drones ucranianos durante a noite. Uma pessoa faleceu na região de Kherson, sul da Ucrânia, em um ataque russo. Nas últimas semanas, Trump manifestou sua insatisfação com Putin pela ofensiva implacável de Moscou em sua invasão da Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022.

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Com informações da AFP.

Fonte por: Jovem Pan

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