Trump considera o Brasil como uma “vítima perfeita” e teme que a prisão de Bolsonaro sirva como munição para democratas americanos, apurou o governo
Membros do Planalto e a equipe econômica de Lula consideram que o presidente americano se encontra na posição do ex-presidente do Brasil.

A avaliação de assessores do presidente Lula, juntamente com membros da equipe econômica, aponta que pelo menos três elementos contribuem para que Donald Trump considere o Brasil como uma “vítima perfeita” para a manutenção de ataques comerciais. Um deles seria o receio de Trump de que o processo prisional e o julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro sirvam de munição para os democratas americanos, podendo provocar novas ações judiciais ou levar a condenações contra o presidente americano após sua saída do poder.
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Um outro aspecto seria o interesse da direita extrema global, liderado por Trump, em possuir um país sul-americano subalterno aos Estados Unidos e sem um alinhamento tão próximo à China ou a países europeus. Por fim, ao contrário da dependência comercial que os EUA mantêm com China e outros países europeus, os americanos não necessitam do Brasil, permitindo que mantenham as tarifas.
Processos envolvendo Donald Trump.
Trump foi condenado no ano passado por fraude fiscal ao tentar ocultar um pagamento a uma ex-artista pornográfica, durante sua primeira tentativa de alcançar a presidência. O presidente americano enfrenta ainda três processos judiciais. Um por ter se apropriado indevidamente de documentos confidenciais ao deixar o cargo, em 2021. Outro por ter tentado alterar o resultado das eleições vencidas pelo democrata Joe Biden, incentivando a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Os dois processos foram encerrados pelo Departamento de Justiça americano após Trump reassumir a presidência.
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Ainda existe um terceiro processo em curso no estado americano da Geórgia. As autoridades locais investigam Trump por suposta tentativa de fraudar o resultado parcial das eleições de 2020 no estado. Na ocasião, a imprensa americana divulgou uma gravação de uma ligação entre o então presidente americano e o então secretário de Estado da Geórgia, na qual ele solicitava que encontrasse 11 mil votos a seu favor.
Fonte por: Jovem Pan
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