Trump declara “reinício total” sobre negociação de tarifas com a China
Delegados dos dois países se encontraram em Genebra no sábado (10 de maio); as discussões prosseguem neste domingo (11 de maio).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou que o país negociou um “reinício total” das tarifas durante o encontro em Genebra, na Suíça, com uma delegação da China. O encontro ocorreu no sábado (10.mai.2025) e as conversas prosseguem neste domingo (11.mai).
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Realizei uma reunião muito boa com a China hoje na Suíça. Muitas coisas foram discutidas, concordamos bastante. Um reinício total das negociações de maneira amigável, porém construtiva. Desejamos ver, pelo bem da China e dos EUA, uma abertura da China para o mercado norte-americano. Progresso excelente alcançado!!!
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, participam das conversas. A China, por sua vez, enviou uma delegação à Suíça, chefiada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, de acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
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A probabilidade de o conflito comercial entre os países seja resolvido é pequena, contudo, há esperança de que acordem na redução de tarifas aplicadas mutuamente. Washington impôs tarifas de 145% sobre produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com taxas de 125% para bens americanos. A tensão econômica foi amplificada após Trump anunciar tarifas recíprocas contra 185 países e blocos econômicos, com taxas variando de 10% a 34%, sendo a última aplicada à China, mas incrementada gradualmente em resposta a retaliações bilaterais. O republicano revogou as taxas acima de 10%, exceto para a China.
China e Brasil já demonstraram abertura para diminuir as tarifas. Pequim, por exemplo, reduziu impostos sobre componentes de circuitos integrados, como microchips e semicondutores.
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Boas notícias! Recebemos um novo comunicado da Alfândega da China, informando que oito códigos tarifários relacionados a semicondutores/circuitos integrados estão agora isentos de tarifas adicionais sobre importações dos EUA. Isso significa que as importações originárias dos Estados Unidos sob esses códigos terão suas tarifas reduzidas a zero na entrada na China.
Mesmo Trump já reconheceu que taxas de 145% sobre produtos chineses são excessivas. O republicano afirmou, na sexta-feira (7.mai), que uma tarifa de 80% para a China “parece correta”. Em publicação em seu perfil no Truth Social, Trump disse que eventuais mudanças na taxação dependeriam do secretário do Tesouro, Scott Bessent.
A diretora do programa para a China no Centro Stimson, Sum Yun, informou ao site Euronews que esta será a primeira reunião entre Bessent e He. Ela expressou ceticismo quanto à produção de resultados significativos por parte do encontro.
O cenário ideal é que ambas as partes reduzam as tarifas simultaneamente. Isso não pode ser apenas promessas, declarou.
Os conselheiros de Trump afirmaram à Reuters que, mesmo com um acordo, as tarifas permanecerão elevadas. Isso ocorre porque o republicano mantém seu plano econômico, visando impulsionar a indústria nacional e criar empregos nos Estados Unidos.
Considerando o histórico e a velocidade das ações do presidente para posicionar os trabalhadores norte-americanos em relação ao restante do mundo, é evidente que haverá volatilidade no curto prazo”, afirmou Stephen Miran, conselheiro econômico que faz parte de think tanks da Casa Branca.
Fonte: Poder 360