Trump deve aceitar o jato particular do Catar e utilizá-lo como aeronave presidencial

A medida é inédita e suscita preocupações éticas e jurídicas; a fonte declarou que a ação representaria um “pesadelo de segurança”.

11/05/2025 18h41

4 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo dos Estados Unidos deverá receber um jato executivo da família real do Catar, que será adaptado para uso como aeronave presidencial durante o segundo mandato de Donald Trump, informou a CNN a partir de duas fontes próximas ao acordo.

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A notícia foi divulgada um dia antes de Trump iniciar sua primeira viagem internacional, com destino a Doha, no Catar.

Considerando o alto valor de um Boeing 747-8, a situação é inédita e suscita questões éticas e legais.

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Um oficial do Catar declarou que a aeronave está sendo doada tecnicamente pelo Ministério da Defesa do Catar ao Pentágono, caracterizando-a mais como um acordo entre governos do que uma transação pessoal.

O Departamento de Defesa adaptará o avião para uso do presidente, com recursos de segurança e modificações.

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A intenção é que o avião seja doado à biblioteca presidencial de Trump após sua saída do cargo, assegurando que ele possa continuá-lo a utilizar.

Afirmações sobre um jato que o Catar estaria presenteando ao governo dos Estados Unidos durante a próxima visita do presidente Trump são imprecisas, declarou Ali Al-Ansari, adido de imprensa do Catar nos EUA.

A possível transferência de uma aeronave para uso temporário como Air Force One [avião da Presidência dos EUA] está sendo atualmente considerada entre o Ministério da Defesa do Catar e o Departamento de Defesa dos EUA, mas o assunto permanece sob análise pelos respectivos departamentos jurídicos e nenhuma decisão foi tomada.

A ABC News foi a primeira a divulgar a notícia da possível chegada de novos aviões.

Fonte avalia como “pesadelo de segurança”.

Na Agência de InteligênciaAmericana, a possibilidade de doação de um avião por um governo estrangeiro para uso presidencial é considerada um “pesadelo de segurança”, afirmou uma fonte à CNN.

A fonte ressaltou que a Força Aérea dos EUA teria que desmontá-lo em busca de equipamentos de vigilância e inspecionar a integridade do avião.

O ex-presidente Trump e seus assessores examinaram a aeronave no início deste ano no aeroporto de Palm Beach, Flórida, e estima-se que ele possa estar em operação em até dois anos, informou uma fonte da CNN.

Após a visita, Trump exclamou para seus arredores sobre o requinte da aeronave.

O presidente Trump está visitando um novo avião da Boeing para verificar o novo hardware/tecnologia, declarou o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, em comunicado.

Problemas com a aeronave Air Force One fabricada pela Boeing.

A Boeing enfrenta atrasos na reforma de dois jatos 747, que serão convertidos em aeronaves presidenciais de última geração.

Os aviões estavam previstos para serem entregues até 2022, e agora não devem chegar antes de 2027.

Cheung argumentou no início deste ano que a presença de Trump no avião em Palm Beach “destaca o fracasso do projeto em entregar um novo Air Force One no prazo previsto, considerando que o atraso já soma cinco anos”.

O contrato de US$ 3,9 bilhões da Boeing para substituir os dois jatos presidenciais dos EUA, Air Force One, representou um custo elevado e uma situação delicada.

A empresa já reportou prejuízos totalizando US$ 2,5 bilhões com o programa, denominado VC-25B, desde que assumiu a responsabilidade por um aumento excessivo nos custos.

Os dois jatos em operação, identificados pelas letras de código VC-25A e conhecidos como Air Force One quando o presidente está a bordo, estão em serviço há quase 35 anos, desde o mandato de George H.W. Bush.

A substituição dos aviões tem sido uma prioridade para Trump, que se mostra profundamente frustrado com os atrasos.

“Não estou satisfeito com o tempo que isso demorou. Não há justificativa para isso”, declarou Trump a repórteres a bordo da Air Force One em fevereiro.

Ele declarou que não buscaria a concorrência europeia da Boeing, a Airbus, mas avaliaria a aquisição de um 747 empregado e a contratação de uma empresa para sua modernização e utilização como Air Force One.

Transformar um avião em aeronave presidencial.

O desafio reside na conversão de um Boeing 747 convencional em uma unidade de comando e comunicações, segundo Richard Aboulafia, diretor administrativo da AeroDynamic Advisory, conforme avaliado para a CNN.

Devem ser capazes de proteger seus ocupantes de ataques de mísseis ou até mesmo das ondas de choque de uma explosão nuclear.

É possível ter um avião particular a qualquer momento, mas é extremamente difícil manter comunicações criptografadas e gerenciar as Forças Armadas e o governo federal em qualquer lugar do mundo, sob qualquer circunstância.

Betsy Klein, Kylie Atwood, Chris Isidore e Josh Campbell, da CNN, colaboraram nesta reportagem.

Fonte: CNN Brasil

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