Trump diz à Apple: “Não quero que vocês fabriquem na Índia”

As grandes empresas de tecnologia iniciaram a transferência de sua produção da China para a Índia, buscando evitar os altos impostos dos Estados Unidos.

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), declarou que não deseja que a Apple produza iPhones na Índia. Em declaração a jornalistas no Qatar, o republicano afirmou ter tido um “pequeno problema” com Tim Cook – CEO da big tech – em relação à intenção da empresa de evitar as tarifas chinesas.

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“Eu disse a ele, Tim [Cook], você é meu amigo. Eu tratei você muito bem. Você está vindo cá com US$ 500 bilhões, mas agora eu ouço que você está fabricando na Índia. Eu não quero que você fabrique na Índia”, disse Trump em referência ao investimento anunciado pela Apple para produzir nos EUA.

A Apple iniciou a transferência de parte da produção de iPhones da China após a imposição das tarifas de Trump em 2 de abril. Se a empresa mantivesse a fabricação no território chinês, o preço do smartphone poderia aumentar em mais de US$ 500.

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A empresa optou por aumentar a produção em Índia e Vietnã, onde as tarifas eram inferiores às da China.

O presidente dos EUA solicitou repetidamente à Apple que concentrasse sua produção no território americano, em vez de em um país com elevadas tarifas, como a Índia.

“Dito isso, Tim, veja, tratamos muito bem você. Nós apoiamos todas as fábricas que você construiu na China ao longo dos anos. Agora você precisa construir para nós. Não estamos interessados em você construir na Índia. A Índia pode cuidar de si mesma, está indo muito bem. Queremos que você construa aqui e eles vão aumentar a produção nos Estados Unidos.”

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A questão da Apple, contudo, não se resolve apenas com as ações de Trump. A empresa fabrica em países como China e Índia, contando com mão de obra qualificada e incentivos fiscais para o setor de tecnologia, incluindo tarifas reduzidas para componentes de outros locais.

O presidente dos EUA busca, com tarifas mínimas de 10% para parceiros comerciais, influenciar a cadeia de produção das empresas, incentivando-as a se localizarem no território americano.

A Apple enfrentaria custos elevados com a transferência completa da produção de iPhones para os Estados Unidos, incluindo mão de obra mais cara e com menor qualificação. Além disso, haveria despesas adicionais com taxas de importação elevadas provenientes de países como Japão e Taiwan, juntamente com um significativo investimento na construção de fábricas.

Apesar da diminuição de alíquotas específicas para o setor, o governo dos Estados Unidos deverá implementar mais benefícios fiscais que motivem a mudança da Ásia para a América do Norte.

Fonte: Poder 360

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