Belo Horizonte instituiu o “Dia da Fidelidade e do Casamento Monogâmico Cristão”, celebrado em 18 de maio, após aprovação do prefeito Álvaro Damião. A iniciativa visa promover a reflexão sobre o compromisso entre um homem e uma mulher. Contudo, dados recentes revelam uma realidade distinta.

Uma pesquisa indicou que aproximadamente oito em cada dez brasileiros já admitiram ter vivenciado um caso extraconjugal, posicionando o país como um dos mais infiéis.

A Busca pela Intensidade

A data comemorativa contrasta com a prevalência da infidelidade. Muitos pacientes, consultados em meu consultório, relatam traições não motivadas por falhas morais ou crueldade, mas pela necessidade de experimentar a intensidade do desejo, um anseio por reviver a sensação de vitalidade.

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A busca por essa experiência intensa, como se dissessem, é uma forma de “viver de verdade”.

O sexo fora do casamento é frequentemente descrito como um mundo construído para dois, onde a liberdade e a ausência de julgamentos permitem a expressão do desejo. A experiência é marcada por impulsos, adrenalina, dopamina e a sensação de estar em um estado de fluxo, onde a realidade se distorce e tudo se torna possível.

A Rotina e a Falta de Novidade

Em contraste, o sexo no casamento, muitas vezes rotineiro e previsível, pode levar à insatisfação e à diminuição do desejo. A “normalidade” do cotidiano, com suas parcelas no lençol e a falta de novidade, pode esfriar o desejo e a paixão.

A Libido e a Fantasia

A libido, conforme conceito freudiano, é o instinto de vida, um impulso biológico que se conecta à emoção e ativa o sistema nervoso simpático, gerando prazer intenso. A fantasia, nesse contexto, é um elemento crucial para reacender o desejo e proporcionar momentos de conexão e excitação.

A busca por momentos de fantasia e liberdade, como se viu em filmes como “Closer”, onde a personagem de Natalie Portman oferece sua “melhor versão” – impulsiva e sedutora – mesmo em situações extremas, pode ser um caminho para reavivar a chama do desejo no casamento.