New START
O Kremlin manifestou satisfação nesta segunda-feira (6) com os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à proposta do líder russo, Vladimir Putin, de estender por um ano o tratado de controle de armas nucleares New START, que expira em fevereiro. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, declarou que a resposta de Trump “dá motivos para otimismo” em relação à possibilidade de Washington apoiar a iniciativa.
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Putin defendeu a extensão do acordo, assinado em 2010 por Barack Obama e Dmitry Medvedev, argumentando que o fim do tratado seria “desestabilizador” e poderia estimular a proliferação nuclear. O presidente russo sugeriu que o prazo adicional sirva para negociar um novo pacto mais abrangente, incluindo armas táticas e novos sistemas estratégicos desenvolvidos por Moscou.
“O trabalho continua e trará resultados”, declarou Putin durante um fórum internacional. Moscou também reiterou que cabe aos Estados Unidos convencer a China a participar de futuras conversas – algo que Pequim já rejeitou – e defendeu que Reino Unido e França, ambos membros da Otan, também sejam incluídos em um eventual tratado sucessor.
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Apesar do tom conciliador, Putin reconheceu resistência interna nos EUA à renovação do New START. “Se eles não precisam disso, nós também não precisamos. Estamos confiantes em nosso escudo nuclear”, afirmou. O New START limita cada país a 1.550 ogivas nucleares e 700 mísseis e bombardeiros estratégicos. Especialistas alertam que a não renovação do acordo pode reacender uma corrida armamentista entre as duas maiores potências nucleares do planeta.