Trump exige que universidades divulguem dados raciais de seus estudantes
A Casa Branca determina que instituições de ensino apresentem provas do atendimento à decisão de 2023 da Suprema Corte dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou na quinta-feira (7.ago.2025) um memorando que exige que universidades divulguem informações sobre seus processos seletivos.
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De acordo com nota oficial da Casa Branca, a finalidade dessa ação é examinar se as instituições estão empregando critérios de raça para configurar seus corpos estudantis. Segue a íntegra do memorando (PDF – 212 kB).
Formulário de cadastro
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O ACE (Conselho Americano de Educação) declarou à Reuters que o conteúdo do memorando é impreciso e que a coleta de dados raciais dos estudantes, conforme solicitado pela Casa Branca, pode ser ilegal para as universidades.
Não se pode considerar a raça nas admissões, então as escolas não coletam dados sobre a raça dos candidatos”, disse Jonathan Fansmith, vice-presidente sênior do conselho, à Reuters. “Isso parece ser um esforço para que as instituições forneçam informações que não temos e que não podemos coletar”, afirmou.
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Em junho de 2023, o Supremo Tribunal dos EUA determinou que a utilização de raça como critério específico para admissão em universidades é inconstitucional, revogando os programas de ação afirmativa.
As universidades têm ignorado a decisão da Suprema Corte, utilizando declarações de diversidade apresentadas pelos estudantes em suas candidaturas para indicar sua raça. A Casa Branca agora exige que as instituições provem o cumprimento das normas.
A Secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon, ordenou que o Centro Nacional de Estatísticas da Educação obtenha informações sobre a raça e o gênero dos candidatos, dos alunos admitidos e de todos os alunos de graduação matriculados nas universidades.
A ação representa a mais recente medida do governo Trump para revogar as políticas de ação afirmativa nas universidades. O governo iniciou diversas investigações e considerou cortar o financiamento de instituições que incentivam a diversidade, a equidade e a inclusão.
Fonte por: Poder 360