Trump pede a Israel que converta vitórias militares em prosperidade e apela aos palestinos por paz

Em discurso no Parlamento israelense, presidente dos EUA solicita aos palestinos que deixem o caminho do terror e da violência.

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(Imagem de reprodução da internet).

Discurso de Trump no Knesset marca momento histórico

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proferiu um discurso histórico no Knesset, o Parlamento de Israel, nesta segunda-feira (13). Ele defendeu que Israel deve converter suas vitórias militares em prosperidade e estabilidade. Em um tom conciliador, Trump afirmou que “Israel já venceu tudo o que podia pelas armas” e que é hora de “construir a paz e o futuro do Oriente Médio”.

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Recebido com honras de chefe de Estado e aplausos de pé, Trump foi comparado a figuras bíblicas e históricas, como Ciro, o Grande. O discurso ocorreu poucas horas após a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que estavam sob a custódia do Hamas, resultado de um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA.

Transformação de vitórias em prosperidade

Durante seu discurso, Trump enfatizou que o conflito em Gaza deve ser substituído por um processo de reconstrução e cooperação regional. “Israel já venceu tudo o que podia por meio da força. Agora é hora de transformar essas conquistas em paz e prosperidade”, destacou.

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Ele pediu aos palestinos que abandonem o caminho da violência e do terror, defendendo a criação de um ambiente seguro sob supervisão internacional. Trump também mencionou que os Estados Unidos estão prontos para liderar os esforços de reconstrução de Gaza após o cessar-fogo.

Protestos e reações no Knesset

O discurso foi interrompido brevemente por dois deputados de esquerda, Ayman Odeh e Ofer Cassif, que levantaram cartazes com a frase “Reconhecer a Palestina” e protestaram. Ambos foram expulsos do plenário sob vaias de outros parlamentares. Trump reagiu com ironia: “Isso foi muito eficiente”, provocando risadas e aplausos.

Após o incidente, o clima de celebração foi retomado, com o presidente do Knesset, Amir Ohana, chamando Trump de “gigante da história judaica”. Parlamentares também defenderam sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz.

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Netanyahu elogia Trump e reforça aliança com os EUA

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu Trump como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca” e agradeceu o papel dos EUA na mediação do acordo que levou à libertação dos reféns. No entanto, Netanyahu reconheceu que o “preço das vitórias foi alto”, referindo-se às perdas humanas e destruição durante o conflito com o Hamas.

“Pagamos um preço doloroso, mas hoje podemos ver o início de uma nova era”, afirmou o premiê.

Próximos passos e cúpula de paz

A visita de Trump a Israel deve durar menos de quatro horas. Após o discurso e encontros com Netanyahu e famílias dos reféns libertados, o presidente americano seguirá para o Egito, onde co-presidirá a Cúpula de Paz de Sharm El-Sheikh ao lado do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.

A conferência reunirá mais de 20 líderes árabes e europeus para discutir os próximos passos do cessar-fogo, incluindo a reconstrução de Gaza e o desarmamento do Hamas. Apesar do entusiasmo, Israel não foi formalmente convidado, o que pode indicar tensões diplomáticas na região.

Encerrando seu discurso, Trump adotou um tom otimista: “Hoje não é o fim — é o começo de algo maior. Um futuro em que judeus e árabes possam viver lado a lado, em segurança, liberdade e esperança”. Com essas palavras, o presidente foi ovacionado de pé, encerrando uma das aparições mais simbólicas de sua carreira internacional.

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