Trump retoma testes nucleares, irrita Rússia e China

Trump retoma testes nucleares, irrita Rússia e China. Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a retomada dos testes de armas nucleares dos EUA, após anúncios de Vladimir Putin. A medida ocorre em meio a tensões diplomáticas e à guerra na Ucrânia

30/10/2025 11:38

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Trump retoma testes nucleares, irrita Rússia e China
(Imagem de reprodução da internet).

Retomada de Testes Nucleares dos EUA Irrita a Rússia e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou, nesta quinta-feira (30), a retomada dos testes de armas nucleares dos Estados Unidos, que estavam suspensos há mais de 30 anos, após anúncios do presidente russo, Vladimir Putin, sobre o desenvolvimento de novas capacidades atômicas russas.

O anúncio conciso do presidente americano pareceu ser uma demonstração de força, minutos antes do encontro em Busan, na Coreia do Sul, com seu homólogo chinês, Xi Jinping. A medida também ocorre em meio a um endurecimento da postura de Trump em relação ao Kremlin, no momento em que os esforços para encerrar a guerra na Ucrânia estão estagnados.

Resposta Russa

“Por causa dos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra a iniciar os testes de nossas armas nucleares em igualdade de condições”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. O magnata republicano afirmou que os Estados Unidos possuem mais armas nucleares do que qualquer outro país, elogiando seus próprios esforços para realizar “uma atualização e renovação completas das armas existentes”. “A Rússia está em segundo lugar e a China está muito atrás, mas estará a par em cinco anos”, acrescentou Trump.

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Natureza dos Testes

De todo modo, Washington é signatário do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares desde 1996, portanto qualquer teste de ogivas constituiria uma violação flagrante do acordo. “Se eles estão fazendo testes, imagino que nós também devamos fazer”, declarou a bordo do Air Force One.

Quando questionado sobre as datas e locais dos testes, limitou-se a responder: “Será anunciado. Já temos os locais”.

Resposta da China

China defende a “não proliferação” As declarações foram uma resposta a uma série de anúncios recentes de Vladimir Putin, que no domingo comemorou o sucesso do teste final do míssil de cruzeiro Burevestnik que, segundo ele, tem “alcance ilimitado” e é capaz de burlar praticamente todos os sistemas de interceptação.

Na quarta-feira, o presidente russo anunciou o teste bem-sucedido de um “drone submarino” chamado Poseidon, compatível com cargas atômicas. “Nenhuma outra dispositivo no mundo se compara a este em termos de velocidade e profundidade” de operação, afirmou o líder do Kremlin.

Após as declarações de Trump, Moscou esclareceu que se tratavam de testes de armas capazes de transportar uma ogiva nuclear, e não de bombas nucleares propriamente ditas. “Com relação aos testes do Poseidon e do Burevestnik, esperamos que o presidente Trump tenha sido informado corretamente.

Isso não pode ser considerado um teste nuclear”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Reafirmações e Adiamentos

Pouco antes, a China instou os Estados Unidos a respeitarem “seriamente” a proibição de testes nucleares e a tomarem “medidas concretas para preservar o sistema global de desarmamento e a não proliferação nuclear”. Na semana passada, o presidente americano adiou por tempo indeterminado uma reunião que havia anunciado com seu homólogo russo em Budapeste.

Trump indicou que não queria realizar negociações antes de impor novas sanções aos hidrocarbonetos russos. Além dos eventos recentes, a retórica nuclear retornou à diplomacia global desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

A ameaça de uma arma definitiva é uma das ferramentas recorrentes de Moscou, que ordenou, imediatamente após o início da guerra, que “as forças de dissuasão do Exército russo fossem colocadas em estado de alerta especial de combate”. Quando questionado sobre o risco de um descontrole, Donald Trump respondeu: “Não acho.

Acho que está muito bem controlado”.

Conclusão

Na semana passada, no entanto, a Otan realizou um exercício nos Países Baixos, na presença excepcional de jornalistas, para testar seu dispositivo caso a arma precise ser usada algum dia. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Estados Unidos e Rússia permanecem vinculados, em princípio, pelo tratado Novo START de desarmamento, que limita cada parte a 1.550 ogivas ofensivas estratégicas implantadas e prevê um mecanismo de verificações, suspensas há dois anos. O tratado expira em fevereiro do ano que vem.

Moscou propôs uma prorrogação de um ano, mas sem mencionar uma possível retomada das inspeções dos arsenais. *Com informações da AFP Leia também

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