Trump suspende restrições à exportação de tecnologia para China em busca de acordo

Almejava-se consolidar o entendimento comercial mútuo e preparar o terreno para uma reunião entre os chefes de Estado.

28/07/2025 9h39

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(Imagem de reprodução da internet).

Os Estados Unidos suspenderam recentemente as restrições à exportação de produtos de tecnologia para a China. O objetivo, conforme informações do jornal Financial Times, é fortalecer o acordo comercial bilateral e preparar o terreno para um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping em algum momento deste ano.

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O Departamento de Comércio dos EUA foi orientado a apresentar uma abordagem menos restritiva em relação às exportações de tecnologia para Pequim.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, declarou que a recuperação das vendas de tecnologia está inserida nas negociações abrangentes entre os EUA e a China sobre minérios e terras raras, componentes químicos cruciais para a fabricação de tecnologias avançadas.

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A exportação do chip H20 da Nvidia, destinado ao mercado chinês, chegou a ser bloqueada. Atualmente, após diálogos com o CEO da empresa, Jensen Huang, a empresa retomará as vendas do chip.

Em paralelo à suspensão anunciada por Trump, Estados Unidos e China devem prorrogar a tregua tarifária por mais 90 dias, de acordo com o jornal chinês South China Morning Post. A expectativa é que a terceira rodada de negociações, que será realizada em Estocolmo, na Suécia, resulte no compromisso de ambos os países de não impor tarifas adicionais ou intensificar a guerra comercial por outros meios.

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A delegação chinesa também deve pressionar por tarifas teoricamente relacionadas ao fentanil, após a imposição de uma taxa adicional de 20% sobre as importações chinesas por parte de Trump, que afirma que a China “falha em conter a exportação de substâncias químicas usadas para a produção da droga” nos EUA. Fontes indicam que a China poderia aceitar uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações se as taxas adicionais forem suspensas.

O presidente dos Estados Unidos afirmou que os dois países estão “muito próximos de um acordo” comercial. “Realmente fizemos um acordo com a China, mas vamos ver como isso vai acontecer”, declarou.

Estados Unidos e China haviam acordado, em 12 de maio, a diminuir temporariamente as tarifas recíprocas por 90 dias. As tarifas americanas sobre importações chinesas reduziram-se de 145% para 30%, enquanto as taxas chinesas sobre produtos americanos foram diminuídas de 125% para 10%.

Entretanto, duas semanas depois, o presidente Trump acusou a China de infringir o acordo, em uma publicação na rede Truth Social. A embaixada chinesa em Washington respondeu, solicitando o encerramento das “restrições discriminatórias” e a preservação do entendimento firmado em negociações prévias em Genebra.

O porta-voz da embaixada, Liu Pengyu, afirmou que, desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em diversos níveis.

Fonte por: Brasil de Fato

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