O coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP destaca que as medidas tarifárias dos EUA contra o Brasil decorrem de disputas geop…
As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos estão em um momento crítico, com o anúncio de novas tarifas sobre produtos brasileiros, que entrarão em vigor a partir de 1º de agosto, segundo o coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP, Alberto Pfeifer. A medida ocorre em meio a tensões políticas, incluindo críticas de Donald Trump ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Trump vinculou as tarifas comerciais a questões de soberania nacional, criticando decisões do judiciário brasileiro. De acordo com Pfeifer, a estratégia americana vai além de questões puramente comerciais, manifestando-se como uma ferramenta de pressão política mais abrangente.
O Brasil terá as tarifas mais elevadas entre todos os países impactados pelas ações dos Estados Unidos até o momento. Adicionalmente, será submetido a uma investigação sob a legislação 301 do representante comercial dos EUA, processo que poderá durar meses e incluir questões relacionadas a redes sociais e sistemas de pagamento.
O analista sugere que o Brasil pode buscar uma negociação detalhada, por setor, particularmente nas relações comerciais com empresas americanas que operam no território brasileiro. Contudo, de forma geral, o mais indicado é aguardar o efeito dessas tarifas.
Pfeifer avalia que alguns setores experimentarão impactos mais severos — porém, a economia nacional “como um todo” não será afetada de forma tão “relevante”. Ele aponta para um possível cenário de desinflação no Brasil em determinados produtos, como a carne bovina.
O especialista afirma que aquela carne destinada aos Estados Unidos, com a taxa atual, não será mais competitiva e precisará ser consumida em outro local.
Segundo Pfeifer, as tarifas se inserem em um contexto mais amplo de disputa pela hegemonia global entre Estados Unidos e China, onde o Brasil ocupa uma posição estratégica — seja pelo tamanho territorial ou pela economia.
O especialista avalia que Trump não deseja negociar, pois “o assunto é a hegemonia no mundo”. Pfeifer descreve o método do americano como “ele anuncia uma medida e espera a reação do outro lado. Se o outro lado reagir como ele quer, Trump recua e a vida segue”.
Fonte por: CNN Brasil
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