Trump visita Banco Federal em meio a críticas ao presidente do banco central americano
A Presidência não detalhou o propósito da viagem e não comentou sobre uma possível reunião com Jerome Powell, cujo mandato se encerra em maio de 2026.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitará nesta quinta-feira (24) a sede do Federal Reserve (Fed), o banco central americano liderado por Jerome Powell, a quem Trump chama de “idiota” por resistir em reduzir as taxas de juros. Powell foi indicado por Trump durante seu primeiro mandato (2017-2021) e confirmado por seu sucessor democrata Joe Biden, mas a visita, prevista para as 16h (17h no horário de Brasília), não será de cortesia. A Presidência não especificou o objetivo da visita nem mencionou um possível encontro com Powell, cujo mandato termina em maio de 2026. Os ataques verbais de Trump ao chefe do Fed continuam desde que o republicano voltou ao poder em janeiro. “Ele sempre chega atrasado, deveria ter baixado as taxas de juros várias vezes”, lamentou, por exemplo, na terça-feira. “As pessoas não conseguem comprar casas porque esse cara é um idiota. Ele mantém os juros muito altos e, sem dúvida, faz isso por razões políticas”, acrescentou.
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O Federal Reserve dos Estados Unidos manteve as taxas de juros estáveis neste ano, evitando reduzi-las em um cenário incerto causado pela ofensiva tarifária mundial de Donald Trump, que pode aumentar os preços. As taxas do Fed variam entre 4,25% e 4,50% desde dezembro. Em contrapartida, o Banco Central Europeu diminuiu suas taxas de juros, de 4% em junho de 2024 para os 2% atuais. O presidente republicano ameaçou demitir Powell, mas recentemente declarou que essa possibilidade é improvável. Uma demissão desse tipo seria inédita e exigiria a comprovação de sérias falhas ou irregularidades por parte do presidente, de 72 anos.
Trump mencionou, recentemente, uma possível “fraude” nas obras de renovação na sede do banco central. A missão do Fed, cujas decisões têm impacto nos mercados em todo o mundo, é controlar a inflação e garantir boas condições de emprego nos Estados Unidos. A instituição e seu chefe gozam de um status que, em teoria, os coloca à margem das pressões políticas. O secretário do Tesouro, Scott Bessem, anunciou, contudo, na segunda-feira, que será realizada uma auditoria no Fed.
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Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan
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