O programador brasileiro Thiago Crevelloni teve quase fatal experiência em uma viagem de aventura pela Patagônia. Ele se perdeu em meio a uma intensa nevasca, com o veículo preso na neve e necessitou caminhar por longas horas sob temperaturas extremas até ser socorrido por uma equipe policial.

A jornada iniciou quando Thiago partiu de El Bolsón em direção a El Calafate, na Patagônia. Para otimizar o percurso, ele fez uma parada em Perito Moreno e continuou a viagem no dia seguinte, durante o período diurno, considerando-o mais seguro.

En determinado trecho, o GPS sugeriu um desvio pela Rodovia 29, uma via alternativa, e optou por segui-lo. “Estava avançando, mas começou a nevar consideravelmente e observei que não passava por nenhum veículo nos últimos quilômetros”, relatou.

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Preocupado, ele continuou dirigindo até que uma duna de neve, gerada pelo vento intenso, fez o veículo se enroscar e ficar totalmente parado. do instante:

Diante da situação, Thiago tentou, de todas as formas, remover o veículo, utilizando pedras e fragmentos de madeira, porém não obteve sucesso. Encharcado, com o frio intenso e sem contato telefônico, sentiu o desespero se instalar. “Acreditei que ia morrer congelado ali. Minha pele estava ardendo, o vento era muito forte”, recordou.

O brasileiro optou por caminhar na tentativa de encontrar auxílio. Eram aproximadamente 17h, e o tempo de luz diminuía. Com água na mochila e esperança, ele prosseguiu pela estrada. Segundo Thiago, a noite chegou acompanhada de temperaturas mais baixas, fome e exaustão. “Comecei a me sentir mal, desorientado. Após cerca de cinco horas caminhando, caí no chão. Fiquei deitado na neve tentando encontrar forças”.

Ele relatou que, naquele instante, considerou abandonar a jornada, porém, encontrou motivação em relatos de superação e na fé. “Solicitei auxílio divino, me reerguí e prossegui caminhando mais alguns quilômetros.”

Avistou, então, uma luz ao longe. Considerou que estava delirando, porém, se tratava de uma viatura da polícia de Santa Cruz. Thiago sinalizou com a lanterna do celular e foi prontamente localizado pelos agentes. “Chorei de emoção. Achei que ia morrer ali”, relata.

Foi levado a um hotel pelas autoridades, recebendo alimentação, água e a possibilidade de tomar banho quente. No dia seguinte, com a assistência de um guincho, recuperou seu veículo e prosseguiu a viagem até El Calafate, onde planeja residir por dois meses.

Thiago, trabalhando remotamente como programador, embarcou em uma jornada pela Argentina há aproximadamente dois meses. Ele já visitou Mendoza e El Bolsón, e, após El Calafate, seguirá até Ushuaia, no extremo sul do continente.

A ocorrência somente foi possível graças à anfitriã do local onde estaria hospedado, que percebeu sua demora para chegar e acionou a polícia. “Se não fosse ela, não sei o que teria acontecido. Hoje estou bem, estou tranquilo, estou salvo e posso estar contando essa história”, finalizou.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.

Fonte: CNN Brasil