Turista registra o começo de ataque terrorista que ceifou 26 vidas na Índia

Um turista indiano testemunhou os primeiros instantes de um ataque armado em Pahalgam, Jammu e Caxemira, na última terça-feira (22/4). Ele estava utilizando uma tirolesa quando a ofensiva começou, resultando em pelo menos 26 mortos, conforme dados de autoridades locais. O ataque ocorreu em uma área montanhosa com grande fluxo de turistas.

Rishi Bhatt, o turista que filmava o passeio, aparece sorrindo no vídeo momentos antes de identificar um tiroteio nas proximidades. Ele informou à agência ANI que o Exército indiano chegou rapidamente ao local.

Agradeci à Força Terrestre da Índia, que chegou a Pahalgam em 20 ou 25 minutos.

Ataque terrorista

O ataque foi atribuído a militantes separatistas, embora nenhum grupo tenha assumido a responsabilidade até o momento. Desde 1989, grupos rebeldes operam na região em busca de independência ou unificação com o Paquistão, país vizinho que também reivindica a totalidade do território do Vale do Kashmir.

O incidente ocorreu um dia após o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, reunir-se com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que está visitando o país com a família. Modi classificou o ataque como “repugnante” e garantiu que os responsáveis serão levados à Justiça. Vance também se manifestou, lamentando as mortes e expressando solidariedade às vítimas.

Hoje, durante a conversa aberta com vocês, há uma profunda dor em meu coração. O ataque terrorista em Pahalgam em 22 de abril deixou todos os cidadãos do país de luto. Todo indiano sente profunda solidariedade com as famílias das vítimas, declarou Modi. O primeiro-ministro acrescentou que haverá uma retaliação “mais dura” contra os responsáveis pelo atentado.

Testemunhas relataram cenas de pânico e fuga. Um guia turístico, identificado como Waheed, informou à agência AFP que ouviu tiros e chegou ao local, onde observou pessoas no chão e auxiliou no transporte de feridos a cavalo. “Vi alguns homens deitados, aparentando estar mortos”, declarou.

Outra testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que os agressores emergiram de uma área de mata próxima a um campo aberto e iniciaram a disparar. De acordo com ela, os militantes evitavam atirar contra as mulheres, mas direcionavam os tiros contra os homens de maneira direta. “Parecia uma tempestade. Todos começaram a correr em pânico. Tentamos acalmar quem estava lá, mas eles gritavam desesperadamente”, informou.

Há décadas, a região de Caxemira vive em meio a disputas territoriais e insurgências armadas, com frequentes confrontos entre forças militares e grupos separatistas.

Fonte: Metrópoles