Um novo vídeo que mostra a circulação de uma onça-pintada surgiu na região de Miranda, Mato Grosso do Sul, tempos após o ataque fatal a um caseiro em Aquidauana. Turistas registraram o animal à noite, próximo à água, na região que também faz parte do Pantanal.
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O animal, visivelmente assustado pela luz emitida por indivíduos em um barco, partiu do local.
Homem é morto a golpes.
Jorge Avalo, com 60 anos, sofreu um ataque ao coletar mel em um rancho na área de Touro Morto, em Aquidauana. A região, situada a aproximadamente 150 km de Miranda e 230 km de Campo Grande, faz parte do Pantanal sul-mato-grossense, onde vivem onças-pintadas e onças-pardas. O incidente foi relatado como súbito por moradores da região.
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Após buscas, os restos mortais de Jorge foram encontrados a cerca de 280 metros do rancho. A onça-pintada arrastou o corpo por mais de 50 metros e atacou um membro da equipe de buscas, que ficou ferido. O animal recuou após disparos de arma de fogo.
A falta de comida, o comportamento defensivo ou a atitude da vítima são hipóteses para a motivação do ataque. A prática de “ceva”, que atrai animais com alimento, é considerada crime ambiental e pode ter contribuído para o incidente.
A onça-pintada envolvida no ataque foi capturada em 24 de abril e levada para o Centro de Reabilitação de Animais Selvagens (CRAS) em Campo Grande.
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O animal foi entregue ao instituto mantenedor de fauna silvestre em uma cidade do interior de São Paulo no sábado (17). A transferência foi solicitada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) de Mato Grosso do Sul.
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Registros de câmeras de segurança mostraram a onça-pintada próxima à residência do caseiro dias antes do ataque. Especialistas apontam que ataques de onças-pintadas a humanos são incomuns, e a espécie não considera o ser humano como presa natural. Trata-se do primeiro ataque fatal de onça-pintada no Pantanal em 17 anos.
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sugerem ações preventivas, incluindo a instalação de cercas, a emissão de ruídos e a manutenção de distância dos animais. Em situações de contato, a indicação é acionar o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar Ambiental.
Fonte: CNN Brasil