UE Investiga Meta por Restrições ao Acesso de IA no WhatsApp
A União Europeia iniciou uma investigação formal contra a Meta, focada em possíveis práticas anticoncorrenciais relacionadas à forma como a empresa controla o acesso de desenvolvedores de inteligência artificial ao WhatsApp. A Comissão Europeia anunciou, nesta quinta-feira, 4, que está analisando se os termos comerciais da Meta limitam a capacidade de concorrentes oferecer seus próprios serviços de IA dentro da plataforma.
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Essa apuração se distancia do escopo da Lei de Mercados Digitais (Digital Markets Act), principal regulamentação da UE para grandes plataformas de tecnologia.
Investigação Baseada em Regras Tradicionais de Concorrência
A investigação se baseia em regras tradicionais de defesa da concorrência, e não na legislação específica da DMA. A Comissão Europeia busca garantir que a Meta não esteja utilizando sua posição dominante para impedir a entrada de novos players no mercado de IA, especialmente no contexto do WhatsApp.
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Startup Celebra a Ação da UE
A startup Interaction, responsável pelo assistente Poke.com, manifestou seu apoio à decisão da Comissão Europeia. Segundo Marvin von Hagen, cofundador da empresa, a política da Meta pode estar impedindo que milhões de europeus tenham acesso a tecnologias inovadoras.
A empresa acredita que a investigação pode abrir caminho para um mercado de IA mais competitivo e aberto.
Pressão dos EUA Contra a Regulação Europeia
A investigação ocorre em um contexto de tensões diplomáticas, com críticas abertas dos Estados Unidos à regulação europeia sobre grandes empresas de tecnologia (big techs). Mark Zuckerberg, CEO da Meta, tem feito lobby junto à administração Trump para tentar frear novas regras, argumentando que a Europa corre o risco de ficar para trás na corrida global por inteligência artificial.
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A Meta também venceu recentemente um processo antitruste movido pela Federal Trade Commission (FTC) nos EUA, onde o juiz considerou que a empresa não detém posição monopolista, diante da concorrência de plataformas como YouTube e TikTok.
Google Também Venceu Processo Antitruste
Em setembro, o Google já havia vencido um caso semelhante, que poderia levá-lo a se desfazer do navegador Chrome. A empresa tem avançado em suas estratégias, demonstrando a complexidade do cenário regulatório em diferentes regiões do mundo.
