Um ex-colaborador reportou falhas de produção na Boeing 787

O mecânico identificou falhas na perfuração dos anteparos de pressão, o que colocaria em risco a segurança das aeronaves.

12/06/2025 11h29

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(Imagem de reprodução da internet).

O mecânico Richard Cuevas, que trabalhava para a Strom, empresa terceirizada por uma fabricante de peças da Boeing, manifestou publicamente, em 2024, falhas no processo de fabricação dos aviões 787 Dreamliner da Boeing. O modelo da aeronave é o mesmo que sofreu um acidente na Índia nesta quinta-feira (12.jun.2025), resultando na remoção de pelo menos 100 corpos do local do acidente.

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Segundo Cuevas, ex-funcionário da Spirit AeroSystems, foram realizadas perfurações inadequadas nos anteparos de pressão dianteiros das aeronaves na fábrica da Spirit em Wichita, Kansas, durante 2023. Ele identificou que trabalhadores realizaram furos maiores que as especificações técnicas exigidas pela Boeing. A prática, conforme relatado por Cuevas, visava “limpar o excesso de tinta dos furos e acelerar um processo lento”, podendo comprometer a integridade estrutural das aeronaves e a pressurização da cabine durante os voos.

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Cuevas à Boeing e à Spirit reportaram formalmente irregularidades em outubro de 2023, ao apresentar uma reclamação sobre “processos de fabricação e manutenção abaixo do padrão”. Após o relato das falhas, o mecânico foi demitido pela Spirit, conforme noticiado pela CNN.

Cuevas declarou ter detectado falhas em três aeronaves nas quais atuou. Ele calculou que entre 10 e 12 aviões poderiam ter sido impactados por essas irregularidades, abrangendo unidades em fabricação ou já entregues à Boeing.

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Em resposta às alegações, a Boeing afirmou que já havia investigado as informações que Cuevas levou até a empresa. “Um funcionário de um subcontratado anteriormente relatou preocupações para nós que investigamos minuciosamente, pois levamos a sério qualquer questão relacionada à segurança”, declarou a companhia na ocasião. “A análise de engenharia determinou que as questões levantadas não apresentavam uma preocupação de segurança e foram resolvidas.”

As reclamações de Richard não foram as únicas relacionadas a falhas nos aviões da Boeing. Sam Salehpour, engenheiro da empresa, já havia manifestado anteriormente a existência de “lacunas” em aeronaves dos modelos 787 e 777.

Outro caso notório envolveu John Barnett, ex-funcionário da Boeing que trabalhou na empresa por mais de 30 anos. Ele alegou que trabalhadores estavam deliberadamente instalando peças de qualidade inferior nas aeronaves na linha de produção do 787 Dreamliner na planta de North Charleston. Ele também afirmou ter descoberto problemas nos sistemas de oxigênio, o que poderia significar que um quarto das máscaras de respiração não funcionaria em uma emergência.

A Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos, conforme a Bloomberg, examinou 126 denúncias referentes à Boeing em 2023, um volume superior aos 11 casos analisados em 2022.

O incidente.

Um avião com 242 passageiros a bordo caiu após a decolagem do aeroporto de Ahmedabad, na Índia, nesta quinta-feira (12.jun.2025). O voo, operado pela Air India, tinha como destino a cidade de Londres, no Reino Unido. O ministro de Saúde do país afirmou que há “muitos mortos”.

Pelo menos cem corpos foram removidos do local do acidente, porém ainda existem vítimas presas sob os escombros.

Ainda não há informações sobre vítimas, segundo a agência de notícias Reuters. Autoridades informaram que a aeronave caiu em uma área residencial próxima ao aeroporto. A Air India confirmou o acidente em publicação em seu perfil no X e detalhou a nacionalidade dos passageiros: são 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense.

Fonte por: Poder 360

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