A polícia de São Paulo prendeu um casal hoje, suspeito de assassinar o próprio filho de 2 anos na zona leste da cidade.
Rodrigo Pinheiro Queiroz, de 27 anos, e Eliana da Paixão Santos, de 21 anos, foram presos em flagrante por homicídio qualificado.
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Rodrigo Junior Santos Queiroz tinha machucados no rosto, peito e braços. Seus dentes estavam quebrados e a gengiva estava cortada. O corpo passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e foi liberado na noite de ontem. A ocorrência foi registrada na delegacia 24º DP (Ponte Rasa).
O sepultamento deve ocorrer às 10h da desta sexta-feira (22), no cemitério da Vila Formosa, na também na zona leste.
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Os médicos da UPA 26 de agosto chamaram a polícia após atenderem o garoto, que morreu no local. Os pais disseram que as manchas eram uma alergia e as lesões nos dentes foram causadas pelo bruxismo.
A investigação da Polícia Civil apontou que, a princípio, as lesões são incompatíveis com quadros de alergia e os relatos de testemunhas indicam para maus-tratos. De acordo com os policiais, o casal não demonstrou “qualquer sinal externo de tristeza” com a morte do menino.
Os pais disseram que estavam tomando banho quando perceberam que o menino estava com falta de ar. Eles afirmaram que fizeram massagem cardíaca e que acionaram um carro de aplicativo para levá-lo ao hospital.
Pessoas que presenciaram contaram que houve violência física.
De acordo com a polícia, a avó materna da vítima, Eliade Francisca dos Santos, disse que em 12 de novembro deste ano, o casal deixou o menino com uma babá, pois precisavam fazer uma viagem. A babá informou à avó naquele momento que a criança estava doente, com ferimentos pelo corpo e rosto, além de parecer desnutrida.
A avó conta que, quando levou a criança para o hospital municipal Cidade Tiradentes, ele foi internado e os médicos constataram os maus-tratos. Na época, a mãe disse que as lesões eram consequência de quedas e alergia.
Outra babá do garoto que também prestou testemunha à polícia contou que a criança era colocada pelos pais para brincar no escuro e sem alimento
A avó diz que o pai da vítima é violento e já agrediu sua ex-mulher e o filho mais velho. O avô materno, José Orlando Santos Rocha, também diz que o suspeito tem um histórico de comportamento violento e que ele impedia a filha de se comunicar com a família. Eles também tentaram obter a guarda do Rodrigo, mas foram rejeitados.
O avô paterno, Gilberto Belizoti Queiroz, disse à polícia que sabia sobre os casos de agressão.
