Um homem retornou de Gaza e mentiu para suas filhas, dizendo que os ataques de Israel eram fogos de aniversário - ZéNewsAi

Um homem retornou de Gaza e mentiu para suas filhas, dizendo que os ataques de Israel eram fogos de aniversário

14/11/2023 às 4h36

Por: José News

Na segunda-feira, (13), um grupo de 32 pessoas voltaram para o Brasil após estarem na Faixa de Gaza. Hasan Rabee, um dos participantes, ficou bastante emocionado e contou que costumava dizer para as suas filhas que os ataques de Israel eram como fogos de artifício de aniversário.

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“Na verdade, está ocorrendo um massacre lá. É difícil para todos entenderem o que passamos. As bombas caem de todos os lados e minhas filhas ficaram extremamente chocadas. Nas primeiras semanas, fingimos que os ataques eram apenas fogos de artifício de aniversário. Mas não conseguimos manter essa farsa por muito tempo”, resumiu.

Mohammed Jabr Ismil Abushanab, morador de Brasília, que é casado e pai de três filhos palestinos que foram repatriados, destacou a sensação de medo sentida pelos familiares.

O mais importante é que eles conseguiram chegar até aqui com vida. Infelizmente, eles chegaram aqui cheios de medo, pois passaram 37 dias sem água, energia e internet. Tive pouco contato com eles. No local onde estavam, era muito difícil ter energia. Eles me mandavam mensagem a cada dois ou três dias. Ficaram lá por cinco meses.

A esposa dele, Ramalah Abushanab, viu pessoas mortas em vários lugares e sua família teve que se mudar três vezes de casa. Ela conta que o local é muito perigoso, quase toda rua possui alguém morto. Ela estava na casa da sua família e, por causa da violência, precisou deixar o primeiro lugar, depois tiveram que sair do segundo lugar pois foi destruído, e então se mudaram para outro lugar.

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Ele também relatou que planeja matricular os filhos novamente em uma escola brasileira, e que voltar para Gaza não está nos planos da família.

“Felizmente, eles estão aqui e estão bem. Eles falam português e estudaram por quatro anos em uma escola do governo. Vou matriculá-los novamente na escola para que possam retomar os estudos. Eles não desejam voltar para lá, estão muito receosos.”

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