Um pequeno ímã pode substituir todos os HDs atuais
No Adrenaline, observe como um novo ímã molecular pode aumentar em 100 a capacidade de HDs com densidades de até 3 TB por cm².

Pesquisadores criaram um novo tipo de ímã molecular que pode elevar em até 100 vezes a capacidade de armazenamento dos HDs. O dispositivo, em escala atômica, é baseado em um composto de dissprósio que mantém sua magnetização estável a temperaturas relativamente altas para essa tecnologia.
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O complexo de molécula única (SMM, na sigla em inglês) é composto por um átomo de dissprósio entre dois átomos de nitrogênio e estabilizado por um grupo químico denominado alqueno. Essa estrutura possibilitou que o material operasse de forma confiável até 100 kelvin (aproximadamente 173°C), ultrapassando o recorde anterior de 80 K.
Essa evolução representa um ponto crucial ao aproximar a tecnologia de aplicações práticas, como seu emprego em data centers. A solução permanece funcional em temperaturas alcançadas com nitrogênio líquido, que é acessível e amplamente empregado em ambientes industriais.
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Os pesquisadores apontam que o material inovador pode alcançar densidades de até 3 terabytes por centímetro quadrado. Para uma comparação, isso permitiria armazenar aproximadamente 500 mil vídeos curtos do TikTok em uma área equivalente à de um selo postal.
A densidade de dados obtida com este novo item excede em 100 vezes a dos discos rígidos mais avançados disponíveis atualmente no mercado. Para se ter uma noção, um único disco de 3,5 polegadas poderia alcançar até 1 petabyte de capacidade, número equivalente a projetos como o do SSD E2 com 1 PB de armazenamento.
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A pesquisa aponta que a estabilidade magnética em temperaturas elevadas é crucial para que a tecnologia deixe os laboratórios e seja comercializada. A nova estrutura molecular possibilitou que o spin magnético do dissprósio permanecesse isolado, mesmo sob condições adversas.
A publicação ocorreu na respeitada revista Nature e gerou repercussão em diversos meios internacionais, incluindo Tom’s Hardware, Phys.org, New Atlas e Interesting Engineering. Os artigos enfatizam o uso promissor da tecnologia em dispositivos de computação avançada e armazenamento de grandes volumes de dados.
Esta nova tecnologia representa uma revolução quando comparada às tecnologias atuais, que já vêm evoluindo com soluções como o HighPoint de 976 TB em armazenamento externo ou mesmo com transmissões de dados recordes, como o recente envio de 1 Pb/s por fibra óptica.
Além do efeito sobre os HDs, a pesquisa possibilita aplicações em diversas áreas da tecnologia. Devido à sua composição por estruturas atômicas individuais, esses ímãs permitem o controle preciso de bits em escala molecular. Algumas aplicações incluem:
A união entre a estabilidade térmica, a alta densidade e o tamanho compacto faz com que esta nova memória seja uma alternativa promissora às tecnologias atuais, como os discos com gravação magnética assistida por calor (HAMR) ou soluções de ultra resolução previstas no HDMI 2.2 com suporte a 16K.
Apesar do otimismo, os cientistas necessitam resolver obstáculos, incluindo o aumento da produção e a combinação dos SMMs com sistemas eletrônicos tradicionais. Contudo, o progresso representa um avanço notável em direção ao armazenamento de dados em nível atômico.
Fonte por: Adrenaline