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Um suspeito de recrutar pessoas para o grupo Hezbollah foi detido pela Polícia Federal no RJ


Um suspeito de recrutar pessoas para o grupo Hezbollah foi detido pela Polícia Federal no RJ
(Foto Reprodução da Internet)

No Rio de Janeiro, neste domingo à noite, a Polícia Federal prendeu mais um suspeito de recrutar brasileiros para o grupo extremista Hezbollah. A identidade dele ainda não foi divulgada.

A informação foi obtida pelo programa Fantástico, que também revelou o nome do principal suspeito envolvido no esquema no Brasil: Mohamad Khir Abdulmajid. Na última quarta-feira, a Polícia Federal conduziu uma operação para interromper possíveis atos terroristas no país. Durante essa ação, foram cumpridos um total de onze mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, resultando na prisão de duas pessoas.

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O principal suspeito, Abdulmajid, é um procurado pela Interpol. Ele é de origem síria, tornou-se cidadão brasileiro em 2008 e chegou ao Brasil nesse mesmo ano. Em 2014, foi fichado pela primeira vez no Brasil por ter sido pego vendendo bebida alcoólica para menores, em Minas Gerais.

Ele é casado, e sua esposa administra duas lojas de produtos para tabacaria na região central de Belo Horizonte. A Polícia Federal afirma que, na realidade, ele é o verdadeiro dono dos negócios.

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Em 2021, ele passou a ser alvo de investigações por contrabando pela Polícia Federal. Conforme as investigações progrediam, os policiais suspeitaram que a venda ilegal de produtos tinha como objetivo financiar possíveis atos terroristas.

Mohamed publicou uma foto em uma rede social vestindo um uniforme militar e posando em cima de um veículo blindado. Embora o perfil tenha sido deletado, as imagens são parte da investigação.

O programa Fantástico teve acesso a partes do pedido policial na operação Trapiche. No requerimento, o delegado sugere que Mohamad, no mínimo, tem simpatia, se não apoio direto, e possivelmente é um membro do grupo libanês Hezbollah.

Conteúdos compartilhados em seu perfil indicam que, em 2016, Mohamad teria lutado na guerra civil na Síria como parte das forças do Hezbollah, que apoiavam militarmente o governo de Bashar Al-Assad.

No mesmo documento, a polícia menciona que “as evidências de que Mohamad faz parte do braço paramilitar do Hezbollah e o fato de haver registros recentes de viagens de todos os envolvidos para o Líbano, junto com a falta de recursos financeiros e a ausência de histórico criminal dos brasileiros, sustentam a suspeita de um possível recrutamento de brasileiros para atividades ilícitas, incluindo a possibilidade de ações terroristas.”

Os investigadores estão buscando informações sobre os brasileiros alegadamente recrutados por Mohamad Abdulmajid para se juntar ao grupo extremista.

Até o momento, a investigação sugere que esses indivíduos não possuíam ligações ideológicas ou religiosas com o Hezbollah.

A Polícia Federal suspeita ter desmantelado a formação de uma rede de mercenários que poderiam ter sido contratados para trabalhar em prol do Hezbollah. Esses tipos de criminosos são conhecidos como “proxy”, agindo em nome de terceiros por dinheiro.

Durante um interrogatório, a Polícia Federal mostrou uma foto de Mohamad Khir Abdulmajid a um dos investigados, e este afirmou que o rosto se assemelha a um dos mensageiros que ele encontrou no Líbano.


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