Uma tempestade solar prevista para 2024 pode resultar em apagão na internet
15/11/2023 às 11h03
Uma tempestade solar prevista para 2024 pode resultar em um “apagão na internet “, conforme indicado por Peter Becker, pesquisador da Universidade George Mason, Virgínia, EUA, e autor de um sistema de detecção de atividade solar.
Becker observa que a internet atingiu sua maturidade em um período de atividade solar relativamente tranquila e agora está entrando em uma fase mais ativa. Ele destaca que nossa dependência da internet é maior do que nunca, o que representaria um sério problema em caso de um apagão.
O professor expressa preocupação de que a ejeção de massa coronal (CME) — grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura — possa atingir a Terra e distorcer o campo magnético do planeta.
Inicialmente, a previsão indicava um aumento da atividade solar em julho de 2025, mas Becker descobriu que uma tempestade mais intensa ocorreria no próximo ano.
Para lidar com essa ameaça, o pesquisador está colaborando em um projeto com o Laboratório de Pesquisa Naval e a Universidade George Mason para desenvolver um sistema de alerta. Ele destaca a importância do tempo em caso de aviso, pois permitiria colocar satélites em modo de segurança, proporcionando medidas para mitigar o problema.
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Existe a possibilidade de que a ejeção de massa coronal do Sol se dirija para o espaço, no entanto, se estiver voltada para a Terra, os sensores locais terão aproximadamente 18 a 24 horas para detectar as partículas antes que interfiram no campo magnético.
Além disso, outros sistemas cruciais para a humanidade, como a rede elétrica, cabos de fibra ótica e o sistema de navegação GPS, bem como satélites de comunicação, podem ser afetados por esse fenômeno.
Tempestades solares são comuns
Ejeções de campo coronal são eventos periódicos no Sol. Uma das ocorrências mais recentes foi em fevereiro deste ano, quando uma sonda da NASA registrou mais de 28 CMEs.
Naquela ocasião, a erupção estava voltada para a Terra, mas não causou danos aos sistemas de comunicação. No entanto, as auroras boreais tornaram-se mais intensas, coloridas e visíveis em locais como Idaho e Nova York, nos Estados Unidos.