União Europeia aprova proibição de importação de gás natural russo
A maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) decidiu nesta segunda-feira, 20, proibir a importação de gás natural russo para o bloco a partir do final de 2027. A decisão foi tomada durante uma reunião dos ministros da Energia em Luxemburgo.
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Com essa interrupção no fornecimento, que já era uma demanda de Washington e Kiev, a UE busca eliminar uma fonte significativa de financiamento da guerra que a Rússia mantém na Ucrânia. A proposta foi apresentada em maio pela Comissão Europeia e agora será negociada com o Parlamento Europeu.
Expectativas e oposições
A Dinamarca, que está à frente da presidência rotativa da UE até o final do ano, espera que a aprovação final ocorra antes de 2026. No entanto, Eslováquia e Hungria, que dependem fortemente dos hidrocarbonetos russos, manifestaram oposição à proibição, mas não conseguiram impedir a decisão.
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A UE tem se esforçado para reduzir a importação de combustíveis russos desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Embora as importações de petróleo tenham sido quase totalmente paralisadas, o bloco ainda depende consideravelmente do gás natural russo, que representou 19% das importações totais da UE em 2024, comparado a 45% em 2021.
Propostas adicionais
Para acelerar a transição, a Comissão Europeia sugeriu que os Estados-membros interrompessem completamente as importações de gás russo até o final de 2027. Em setembro, houve uma proposta para antecipar essa data para o final de 2026, especificamente para o gás natural liquefeito (GNL), mas essa questão não foi abordada na reunião ministerial recente.
No Parlamento Europeu, há um desejo de ir além. As comissões de Indústria e Comércio aprovaram um texto que propõe a proibição total de todas as importações de gás russo a partir de 1º de janeiro de 2026, com algumas exceções previstas.
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