O crescimento da economia da zona do euro deverá ser mais lento do que projetado neste e no próximo ano, em função dos impactos das tarifas impostas pelo governo Trump nas exportações, e a inflação tende a desacelerar de forma mais rápida, segundo economistas da União Europeia.

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, em relatório de perspectivas econômicas divulgado nesta segunda-feira (19), alertou que um novo aumento de tarifas causaria mais danos à economia do bloco, mas também ressaltou que o aumento dos gastos com defesa e esforços de investimentos na Alemanha para impulsionar a infraestrutura podem impulsionar a atividade.

A Comissão agora projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro aumentará em 0,9% em 2024 e em 1,4% em 2026, com maior intensidade em relação ao crescimento de 0,4% observado em 2024. Anteriormente, as previsões indicavam incrementos de 1,3% em 2025 e de 1,6% no próximo ano.

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A incerteza gerada por uma política comercial imprevisível dos Estados Unidos não diminuirá em breve e exerce forte pressão sobre as perspectivas globais, afirmou o diretor-geral de assuntos econômicos e financeiros da Comissão, Maarten Verwey.

As novas projeções consideram que as tarifas dos Estados Unidos sobre a maioria das importações da União Europeia permanecerão em 10%, ao invés do patamar mais elevado divulgado pelo presidente Donald Trump em 2 de abril e depois suspenso por 90 dias.

O relatório também estabelece que taxas de 25% serão aplicadas a automóveis, aço e alumínio, ao passo que produtos farmacêuticos e microprocessadores permanecerão isentos.

A Comissão revisou para baixo sua projeção de crescimento das exportações da UE neste ano, para 0,7%. Em novembro, a expectativa era de que as exportações aumentassem 2,2% em 2025.

Devido ao crescimento mais lento, a Comissão prevê que a taxa de inflação da zona do euro desacelere em um ritmo mais rápido do que o anteriormente projetado, com 2,1% em 2024 e 1,7% em 2026, significativamente inferior à meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

A projeção anterior para o próximo ano era de 1,9%.

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Fonte: CNN Brasil