James Elder, porta-voz do Unicef, afirmou em comunicado na sexta-feira (15) que as crianças na Faixa de Gaza estão vivendo em condições terríveis e que a situação pode ficar ainda pior.
Na quinta-feira (14), Elder disse a Isa Soares, que os pais em Gaza estão percebendo que os hospitais já não são uma opção para seus filhos por causa dos ataques frequentes que tornaram difícil acessar os centros de saúde.
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“A maioria das crises afeta terrivelmente as crianças, porque elas são as mais vulneráveis, mas a maioria tem uma taxa de vítimas de crianças em torno de 20%, este [conflito de Gaza] é de 40 [%]”, relatou.
“Isso é duas vezes mais letal para as crianças do que muitos conflitos que vimos nos últimos 15 ou 20 anos”, comentou.
Segundo o Ministério da Saúde palestino em Ramallah, os ataques israelenses em Gaza, controlada pelo Hamas, causaram a morte de pelo menos 18.700 palestinos desde 7 de outubro. Desses, 70% eram crianças e mulheres.
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No começo deste conflito, o Unicef disse que Gaza era um lugar muito perigoso para crianças e muito difícil para todos os outros. Ele relembrou isso.
Elder, que acabou de voltar de uma missão de semanas em Gaza, alertou para as graves consequências da escassez de alimentos, água e medicamentos para as crianças.
“[As] crianças em Gaza correm agora o perigo do céu, as doenças no solo e a morte por fome e sede”, pontuou, acrescentando que nunca tinha visto esse nível de devastação e desespero em nenhum outro lugar.
