Usiminas atinge resultados superiores ao projetado no segundo trimestre, contudo, a empresa emite cautela em relação às tarifas
Apesar de positivo, o lucro líquido apresentou forte queda em relação ao primeiro trimestre, o que causou queda nas ações da empresa no início da sessão…

A Usiminas obteve lucro líquido de R$ 128 milhões no segundo trimestre, superior às expectativas do mercado, porém indicando forte queda em relação ao primeiro trimestre, o que causou queda inicial das ações da empresa nesta sexta-feira (25).
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A empresa recuperou prejuízo de R$ 100 milhões, registrando lucro superior à estimativa do mercado de R$ 86,57 milhões, segundo dados da LSEG. Contudo, em relação ao primeiro trimestre de 2025, a quantidade apresentou queda de mais de 60%.
A Usiminas anunciou, em nota, que prevê investimentos entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão para 2025. Anteriormente, a estimativa era de R$ 1,4 bilhão a R$ 1,6 bilhão.
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A ação caía 1,9% a R$ 4,20 às 10h24, em contraposição ao índice de referência do mercado acionário brasileiro Ibovespa, que subia 0,2%.
A receita líquida da Usiminas ascendeu a R$ 6,63 bilhões, em comparação com aproximadamente R$ 6,35 bilhões no mesmo período de 2024. O aumento foi maior do que o previsto pelo mercado, que estimava R$ 6,55 bilhões, de acordo com a LSEG.
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Apesar do resultado ter sido superior ao esperado, a Usiminas afirmou que as condições concorrenciais se deterioraram rapidamente no segundo trimestre, devido ao elevado volume de importações de aço no país.
A empresa também afirmou que, embora o anúncio da tarifa de 50% para o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, possa ter pouco impacto nas exportações diretas da empresa, os impactos sobre a cadeia industrial e sobre os clientes exportadores são fatores de preocupação.
O lucro operacional ajustado, calculado com base no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, aumentou 65% para R$ 408 milhões, inferior à projeção de R$ 517,36 milhões.
Segundo especialistas do Banco BTG Pactual, o desempenho ficou abaixo do esperado, sobretudo na área de siderurgia.
Os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi afirmaram que se observa um cenário desafiador no setor siderúrgico devido ao excesso de oferta global e ao elevado nível de penetração das importações no Brasil.
No próximo trimestre, a empresa prevê estabilidade no volume de vendas em siderurgia, contudo com redução da receita líquida por tonelada, ainda que com aprimoramento das margens devido a preços mais baixos de matéria-prima.
Já na mineração, espera-se volumes menores, contudo em consonância com o plano de vendas vigente.
A empresa também comunicou que o conselho de administração aprovou investimento de aproximadamente R$ 1,7 bilhão para a execução da modernização e reconstrução parcial da Bateria 4 da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga, com previsão de início de operação em 2029.
O investimento será distribuído em um período de quatro anos, com o objetivo de elevar a capacidade produtiva de coque e gás de coque, além de diminuir a compra de coque de outras empresas.
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Fonte por: CNN Brasil