Usiminas registra prejuízo de R$ 3,5 bilhões no 3º tri com baixa contábil

A Usiminas (USIM5) apresentou um prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma reviravolta em relação ao lucro de R$ 185 milhões registrado no mesmo período de 2024. Essa desclassificação foi influenciada por uma revisão de valor contábil de ativos, com um impacto de R$ 2,2 bilhões.

A situação refletiu desafios no cenário econômico.

Desempenho Financeiro Ajustado

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado cresceu 2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 436 milhões. A margem Ebitda ajustada também avançou 0,3 ponto percentual, alcançando 7%.

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Esses números indicam uma melhoria em algumas áreas da empresa.

Vendas e Receitas

A receita líquida da Usiminas apresentou uma retração de 3%, totalizando R$ 6,6 bilhões. Essa queda foi influenciada por fatores de mercado e pela redução nas vendas de aço.

Minério de Ferro vs. Aço

O volume de vendas de minério de ferro aumentou 9%, atingindo 2,5 milhões de toneladas. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento no preço de referência do minério de ferro, que subiu 4,3%. Em contrapartida, as vendas de aço diminuíram 2%, para 1,1 milhão de toneladas, acompanhando uma redução na produção.

Controle de Custos e Investimentos

Os custos de produtos vendidos caíram 4% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 6,16 bilhões. A empresa também anunciou investimentos de R$ 266 milhões, um aumento de 32% em relação ao ano anterior. O fluxo de caixa operacional líquido foi positivo em R$ 878 milhões.

Dívida e Cenário Externo

A dívida líquida da Usiminas diminuiu 49%, para R$ 327 milhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda ajustado, também apresentou redução, atingindo 0,16x (diminuindo de 0,5x no trimestre anterior). A administração alertou para o impacto de importações em condições desfavoráveis no setor.

Perspectivas Futuras

A Usiminas espera menores volumes de vendas na siderurgia no quarto trimestre, devido à sazonalidade. A empresa prevê estabilidade nos preços e continuidade da redução de custos, com melhoria da eficiência e menores preços de matérias-primas.