O vício em jogos tem se intensificado, com os celulares transformando-se em “cassinos portáteis” acessíveis. Essa é a avaliação de especialistas, conduzida em entrevista ao dr. Roberto Kalil para o Sinais Vitais, que analisa o aumento dos transtornos de impulso ligados a jogos de azar e apostas online.

A aposta é uma prática comportamental humana que remonta a milênios, com evidências que datam de seis mil anos antes de Cristo. Contudo, a facilidade de acesso oferecida por smartphones e a expansão de aplicativos de apostas aumentaram essa tendência, elevando-a a níveis preocupantes.

A psicóloga Maria Paula Magalhães, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, ressalta que os dispositivos móveis tornaram-se “cassinos portáteis”, possibilitando que indivíduos realizem apostas em qualquer momento, inclusive no ambiente de trabalho. Essa disponibilidade contínua eleva consideravelmente o risco de surgimento de comportamentos compulsivos.

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O professor Hermano Tavares, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, destaca que a combinação de jogos de aposta com as redes sociais gera um ambiente mais favorável à dependência. A “gamificação” e os aspectos sociais dessas plataformas podem tornar a experiência de apostar mais sedutora e difícil de controlar.

Profissionais alertam para a importância de observar comportamentos compulsivos ligados a jogos e apostas, que podem envolver a necessidade de apostar valores crescentes, a dificuldade em gerenciar o tempo dedicado a jogos online e consequências negativas na vida pessoal e no âmbito profissional.

É essencial que pessoas que identificam sinais de dependência procurem assistência especializada. O tratamento para transtornos de impulsividade ligados a jogos frequentemente inclui terapia cognitivo-comportamental e, ocasionalmente, intervenção farmacológica sob orientação médica.

Fonte por: CNN Brasil