USS Gerald Ford atua no Pacífico contra tráfico de drogas e acusações de Maduro

USS Gerald Ford atua contra tráfico de drogas na América Latina. Ataques resultaram em 6 mortos e 76 vítimas em operações anteriores. EUA intensificam atuação no Caribe. Rússia condena ações e acusa EUA de práticas ilegais

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(Imagem de reprodução da internet).

O porta-aviões USS Gerald Ford foi oficialmente incorporado às operações contra o tráfico de drogas provenientes da América Latina, com o objetivo de combater a influência de grupos que buscam desestabilizar o governo. A chegada do navio à região ocorreu em um momento de crescente tensão, marcado por novas mobilizações militares da Venezuela e pela condenação russa aos recentes bombardeios contra embarcações suspeitas de transportar drogas.

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O ataque ocorrido no domingo, no Pacífico, resultou na morte de seis pessoas a bordo de duas embarcações, conforme informado pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos. Dados oficiais indicam que, até o momento, mais de 76 indivíduos perderam a vida em operações anteriores, envolvendo o bombardeio de 20 embarcações.

Desde setembro, os Estados Unidos intensificaram sua presença no Caribe, enviando navios de guerra, aeronaves de caça e um contingente significativo de soldados para combater o narcotráfico, originário principalmente da Venezuela e da Colômbia. O Comando Sul das Forças Navais dos EUA destacou que o USS Gerald Ford, cuja ativação foi planejada há quase três semanas, reforçará a capacidade americana de identificar, monitorar e desmantelar atividades ilícitas que representam riscos para a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos e do hemisfério ocidental.

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Ainda não foram apresentadas evidências concretas que comprovem o uso das embarcações para o tráfico de drogas ou que as considerassem uma ameaça direta ao país. No entanto, o Reino Unido optou por não compartilhar informações de inteligência sobre embarcações suspeitas de envolvimento no narcotráfico, em um movimento que representa uma ruptura significativa entre os dois aliados.

Fontes indicam que essa decisão se deve à condenação dos bombardeios, que seriam considerados ilegais.

A Rússia, principal rival do Ocidente e apoiadora do governo de Nicolás Maduro, classificou os ataques como “inaceitáveis”. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os Estados Unidos de adotar as práticas de países “sem lei” e de usar a luta contra as drogas como pretexto para justificar suas ações.

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Na Venezuela, o governo de Maduro intensificou suas medidas de segurança, ativando novos exercícios militares em todo o país, com a mobilização de tropas e a convocação de civis para a Milícia Bolivariana. Maduro alertou que seu governo possui “força e poder” para responder a qualquer ação dos Estados Unidos, enquanto a administração americana continua a acusar Maduro de liderar um cartel de narcotráfico e autorizar operações da CIA no país.

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