Vacina contra o vírus sincicial reduz em 83% o risco de internação de bebês

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos vírus mais frequentemente associado à bronquiolite.

05/05/2025 13h57

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O nirsevimabe, um anticorpo monoclonal, demonstrou alta eficácia em condições reais na prevenção de infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês com menos de um ano. Uma meta-análise publicada na revista The Lancet Child & Adolescent Health revelou que a injeção diminuiu em 83% o risco de hospitalização pela doença.

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O VSR é uma das principais causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, especialmente bebês, conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). É um dos vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos.

O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal, uma proteína criada em laboratório que replica a função do sistema imunológico no combate a vírus perigosos. Embora seja administrado por injeção, não é uma vacina, pois não contém parte do agente infeccioso, seja ele ativo ou atenuado. No Brasil, o anticorpo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para crianças de até 24 meses de idade que apresentam vulnerabilidade à doença grave causada pelo Vírus Sincicial Respiratório.

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O novo estudo utilizou a meta-análise, método estatístico empregado em revisões sistemáticas para integrar os resultados de diversos estudos e obter uma estimativa mais precisa do efeito geral. Foram analisados 27 estudos conduzidos entre 2023 e 2024 em cinco países: França, Itália, Luxemburgo, Espanha e Estados Unidos.

O estudo demonstrou que, em média, o nirsevimabe diminui o risco de internações por infecção por VSR em 83%, o risco de admissão em terapia intensiva em 81% e os casos de infecções do trato respiratório inferior em 75% em crianças com 12 meses ou menos. Adicionalmente, o anticorpo foi associado à maior eficácia na prevenção de hospitalizações relacionadas ao VSR em bebês com mais de três meses (81%) em comparação com aqueles com três meses ou menos (76%).

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Os pesquisadores afirmam que suas descobertas sustentam o emprego do nirsevimabe como uma intervenção crucial para evitar a doença causada pelo RSV e seus resultados adversos em recém-nascidos.

Pesquisas anteriores já comprovaram a alta eficácia do anticorpo na prevenção de internações em crianças pequenas. Um estudo publicado em dezembro do ano passado na revista científica JAMA Pediatrics demonstrou que o nirvesimab apresentou 89% de eficácia contra doenças respiratórias agudas associadas ao VSR em bebês atendidos por médicos, e 93% de eficácia contra hospitalizações pela doença. O estudo analisou 28.689 crianças menores de 5 anos com infecções respiratórias agudas, sendo 9.536 atendidas entre setembro de 2023 e abril de 2024 e 19.153 em períodos equivalentes de 2017 a 2020.

VSR: aprenda novas estratégias para prevenir complicações em bebês.

Fonte: CNN Brasil

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