Valdemar deve escalar mensageiro para negociar com Bolsonaro após recusa de Moraes

Alexandre de Moraes nega nesta quarta-feira (22) solicitação do ex-presidente para receber visita do líder do Partido Liberal.

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(Imagem de reprodução da internet).

Decisão do STF sobre visita a Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (22) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para receber a visita de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal.

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Na decisão, Moraes justifica que Valdemar está novamente sob investigação relacionada à suposta trama golpista. Uma das condições das medidas cautelares impostas a Bolsonaro é a proibição de contato com pessoas investigadas.

Restrições a Bolsonaro

O ministro também destaca que o ex-presidente não pode manter contato com outros réus e investigados no caso do plano de golpe, além de embaixadores e autoridades estrangeiras. Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e enfrenta restrições, como a proibição de usar celular e a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica.

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“Diante do exposto, nos termos do art. 21 do Regimento Interno desta SUPREMA CORTE, INDEFIRO a AUTORIZAÇÃO DE VISITA requerida por JAIR MESSIAS BOLSONARO”, afirma Moraes em sua decisão.

Impacto nas negociações políticas

Parlamentares do PL que pretendem disputar as eleições de 2026 expressaram preocupação com a nova medida que afasta Valdemar de Bolsonaro. As negociações de apoio estavam em andamento, mas agora se tornam mais complicadas.

Mesmo em prisão domiciliar, Bolsonaro recebia Valdemar, que lhe apresentava pesquisas eleitorais e discutia questões regionais para 2026. Agora, será necessário designar um “mensageiro” para intermediar as articulações políticas.

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Reabertura da investigação contra Valdemar

A reabertura da investigação contra Valdemar, devido à sua suposta participação no golpe de Estado, foi confirmada pela Primeira Turma do STF na terça-feira (21). O relator do caso, Alexandre de Moraes, solicitou a nova investigação por conta da ligação de Valdemar com Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL).

Rocha foi condenado a sete anos de prisão por organização criminosa e tentativa de abolição do Estado. Valdemar foi responsável por contratar o IVL para realizar um estudo sobre a segurança das urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

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