Vânádio em destaque na exportação, gerando preocupação no setor de mineração
O minério brasileiro segue para os Estados Unidos; instituto negocia com o governo em busca de solução.

O vanádio é atualmente a principal preocupação do setor mineral brasileiro face às tarifas impostas pelos Estados Unidos, que começam a vigorar na quarta-feira (6 de agosto).
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O aviso foi emitido pelo diretor de Assuntos Minerais do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Julio Nery, em entrevista coletiva na terça-feira (5 de agosto). De acordo com ele, o instituto está em contato com o governo federal para discutir uma saída.
Ele mencionou um caso que preocupa e que será trabalhado em conjunto com os ministérios do Comércio e das Minas e Energia, buscando uma negociação.
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O insumo é um dos minerais críticos que aumentam sua importância em nível global na transição energética e corresponde a 1% das exportações brasileiras para o país.
A Largo, empresa canadense, é a única que extrai vanádio nas Américas, com uma mina situada na Bahia. Aproximadamente 60% da produção da Largo é exportada para os Estados Unidos, conforme dados do Ibram.
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Além do vanádio, outros produtos impactados pelas tarifas, segundo o Ibram, incluem:
De acordo com o instituto, itens como ferro (25,7%), niobio (10,6%) e ouro semi-manufaturado (12,2%) não serão afetados.
Em face da crise comercial, o presidente do instituto, Raul Jungmann, declarou que o setor mantém diálogo com o governo brasileiro. Quanto a uma missão do setor aos Estados Unidos, afirmou que não há definição.
Ele declarou que existe contato com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), que cuida da articulação. “Não desejamos realizar um movimento isolado, de setor privado para setor privado”, afirmou.
Jungmann também comentou sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à soberania sobre os minerais críticos.
Afirmou que o presidente está correto e que a declaração do ministro Fernando Haddad, que sustentou acordos bilaterais com os Estados Unidos, não contrasta com o posicionamento do líder do Executivo. “Talvez estivessem considerando outras possibilidades”, considerou.
Lula declarou que o Brasil não renunciará à soberania sobre seus minerais críticos, e Haddad defendeu a construção de acordos bilaterais com os Estados Unidos para abordar o assunto.
Atualmente, os 5 minerais críticos com maior destaque na produção brasileira são:
O Ibram também manifestou seu apoio ao (Projeto de Lei) 2.780 de 2024, relacionado às terras raras.
Jungmann declara que o texto proposto pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) possui boas perspectivas de aprovação antes da COP30, que ocorrerá em Belém em novembro. A proposta está em avaliação no setor e, na sua visão, é considerada estratégica.
Fonte por: Poder 360