Venda de carne bovina para os EUA diminui a partir de maio
As exportações de produtos brasileiros diminuíram 61,8% em relação ao pico registrado em abril, ainda que os envios permaneçam superiores à média de 2024.
A exportação de carne bovina brasileira para os Estados Unidos alcançou volumes recordes nos meses de março e abril de 2025 – 42.113 toneladas e 47.413 toneladas, respectivamente, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
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Após atingir o máximo em abril, as vendas diminuíram 61,8%. Contudo, o volume continua superior à média anual de 2024.
As médias de embarque de carne bovina aos EUA nos últimos três semestres:
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EFEITO TRUMP
Em maio, atingiu-se 1 mês desde que Trump anunciou a elevação de tarifas sobre produtos brasileiros. A taxa adicional foi de 10%. Em julho, ele anunciou, por meio de carta, que a taxa aumentaria para 50% em 1º de agosto.
Apresentamos o desempenho do setor no primeiro semestre de 2025. Clique aqui para abrir o gráfico em uma nova aba.
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Em 17 de julho, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo) publicaram um estudo que apontava que as empresas norte-americanas elevaram as compras de carne bovina do Brasil no período para “formar estoque” e evitar risco de taxação do produto pelo então presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano).
Em março e abril, empresas americanas compraram volumes recordes. Acima de 40 mil toneladas por mês, possivelmente como parte de uma movimentação de formação de estoque, devido ao receio de que o presidente Donald Trump aumentasse as tarifas para o comércio internacional, conforme aponta o estudo.
Os Estados Unidos representam a segunda maior demanda por carne bovina brasileira, respondendo por 12% das exportações, logo atrás da China, que detém 49% do total exportado pelo Brasil.
Devido a acordos comerciais, o Brasil pode exportar até 65.000 toneladas de carne bovina anualmente para os EUA sem incorrer em tarifas. A alocação usualmente é consumida nos primeiros meses do ano.
Após isso, aplicou-se a taxa padrão de 26,4%. Em abril, Trump estabeleceu uma adicional de 10 pontos percentuais sobre produtos brasileiros, elevando a alíquota para 36,4%.
A taxa adicional foi aumentada para 50 pontos percentuais. Assim, a taxa total de importação da carne brasileira pelos EUA deverá atingir 76,4% a partir de 1º de agosto.
Este jornal digital buscou a Abiec, mas a entidade não divulgou informações sobre o desempenho do setor. A manifestação permanece em aberto.
Fonte por: Poder 360