Denúncia de Assédio Militar por Venezuela
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, fez um pronunciamento nesta quinta-feira, acusando o governo dos Estados Unidos de realizar um “assédio militar” com aeronaves de combate. Segundo o ministro, os aviões americanos passaram voando próximo ao litoral venezuelano, no Mar do Caribe, onde o destacamento naval americano opera sob o pretexto de combater o narcotráfico – uma postura que Caracas considera uma “ameaça”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A declaração foi feita durante um balanço de operações das forças armadas venezuelanas, e enfatizou a gravidade da situação, classificando-a como uma “provocação” e um risco direto à segurança nacional do país. A tensão entre os dois países se mantém alta, com Caracas expressando preocupação constante com a presença militar americana em suas águas territoriais.
Evidências da Ameaça
Durante o evento, transmitido pela rede de televisão estatal “VTV”, o ministro Padrino López detalhou que o sistema aéreo integrado da Venezuela detectou os aviões de combate americanos. Ele afirmou que essa detecção foi “comprovada e verificada”, inclusive por meio de um relatório de uma companhia aérea internacional, que comunicou a presença das aeronaves à torre de controle de Maiquetía, o principal aeroporto da região de Caracas.
LEIA TAMBÉM!
Essa informação reforça a percepção de Caracas de que a presença militar americana representa uma ameaça direta. A confirmação de uma companhia aérea internacional adiciona um elemento de credibilidade à denúncia, aumentando a pressão sobre o governo americano.
Resposta e Intenções de Washington
O ministro Padrino López expressou a determinação do governo venezuelano em monitorar a situação, declarando: “Estamos de olho, quero que saibam. E quero que saibam que isso não nos intimida”. Essa resposta demonstra a postura de firmeza do país sul-americano diante da presença militar estrangeira.
Em setembro, Padrino López já havia alertado para voos de “inteligência” dos EUA, sugerindo que Washington busca justificar um “plano de ameaça militar e de intervenção” com o objetivo de derrubar o presidente Nicolás Maduro. A acusação de uma possível intervenção continua sendo um ponto central na relação entre os dois países.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE