Vereadora é alvo de preconceito transfóbico na Câmara Municipal de Natal

O incidente ocorreu durante a sessão de votação da homenagem como cidadão de Natal.

23/05/2025 18h25

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(Imagem de reprodução da internet).

A vereadora de Natal, Thabatta Pimenta (PSOL), sofreu ataques transfóbicos na terça-feira, 20, durante sessão na Câmara Municipal. O incidente ocorreu durante a votação da concessão de título de cidadã natalense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Thabatta discursava contra a proposta quando foi alvo de ofensas. “Desde que esta proposição chegou a esta casa, votei contra exatamente porque isso reflete na minha realidade”, afirmou a vereadora, que citou o comportamento de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 como motivo para seu posicionamento. Thabatta perdeu a mãe, que era enfermeira, durante a crise sanitária.

Apesar da clara oposição, o projeto foi aprovado por 19 votos a favor, cinco votos contrários e uma abstenção. A proposição foi apresentada pelo vereador Subtenente Eliabe (PL).

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Um vídeo gravado pela equipe da parlamentar e publicado nas redes sociais contém frases como “Pelo menos eu sou mulher”, “Chora, mulher do Paraguai” e “Tem os dois sexos, macho e fêmea”. As imagens não identificam quem proferiu as declarações. No dia seguinte, quarta-feira 21, Thabatta pediu publicamente ajuda para identificar os autores das falas.

Vereadora trans e mãe, registrou boletim de ocorrência. A Polícia Civil investiga o caso.

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A transfobia é crime impenhorável no Brasil, com pena de 2 a 5 anos de prisão, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal que a equipara à injúria racial.

A Câmara Municipal de Natal manifestou o compromisso com a promoção da igualdade, do respeito e da dignidade de todas as pessoas, repudiando veementemente qualquer forma de discriminação, incluindo a transfobia.

A Presidência da Câmara, juntamente com os órgãos competentes, está adotando todas as providências necessárias para a apuração rigorosa dos acontecimentos, com a identificação das pessoas envolvidas e a consequente adoção das medidas administrativas e legais cabíveis, informou o Legislativo municipal.

Fonte: Carta Capital

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