Vereadores discutem em São Paulo sobre cartaz em discussão sobre reajuste salarial para servidores

Em momento de tensão, Toninho Vêspoli (Psol) confrontou Rubinho Nunes (União) com um cartaz, após tentativas de um colega remover o material da mão do psolista.

29/04/2025 19h42

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(Imagem de reprodução da internet).

Os vereadores Toninho Vespoli (PSol) e Rubinho Nunes (União Brasil) protagonizaram uma confusão na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo nesta terça-feira (29/4), durante a discussão sobre o reajuste dos salários dos servidores. O psolista discursava contra a proposta do Executivo quando exibiu um cartaz com a mensagem “vagabundagem é vereador que só quer lacrar na internet”.

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O ex-deputado MBL Rubinho Nunes tentou remover o cartaz da mão de Vespoli, que respondeu arremessando o papel no colega (veja vídeo abaixo). Os dois foram separados por outros parlamentares e a sessão foi interrompida pelo presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União).

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Os vereadores votarão na terça-feira (29/4), em segundo turno, o reajuste anual para servidores municipais. A sessão é marcada por discussões acaloradas entre parlamentares da base e da oposição. Manifestantes se reúnem em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura de São Paulo. O texto contempla um aumento de 2,6% em maio deste ano e outro de 2,55% em maio de 2026.

O cartaz segurado por Toninho Vespoli, que é professor, representou uma reação às declarações proferidas por vereadores bolsonaristas durante a primeira votação, que os descreveram como vagabundos os servidores em greve.

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Reunião agitada

O confronto entre Toninho e Rubinho não foi o primeiro incidente da sessão de terça-feira (29/4). Em vários momentos, vereadores trocaram acusações com outros vereadores ou com manifestantes presentes na votação em plenário.

A vereadora Cris Monteiro (Novo) declarou que “uma mulher branca, bonita e rica” incomoda, dirigindo-se a sindicalistas na galeria. A fala ocorreu também durante uma discussão com a vereadora Luana Alves (PSol).

“Luana, estou falando. Quando você falou, não abri a boca. Escutei todos vocês calados. Agora, quando uma mulher branca vem falar a verdade para vocês, vocês ficam todos nervosos. Porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês. Mas estou aqui representando uma parte importante da população, que me elegeu. Eu faço o que é certo. Não vou defender essas pessoas que deixam crianças na sala de aula, fazendo greve.”

O presidente Ricardo Teixeira (União) interrompeu a sessão para tratar da situação. Após a retomada, Cris Monteiro pediu desculpas pelo seu discurso. Teixeira também se manifestou, declarando não ter interpretado a fala da parlamentar do Novo como racista, mas informou que a corregedoria da Casa irá analisar o caso.

Fonte: Metrópoles

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