A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para ocupar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O resultado da votação será divulgado no Diário Oficial e comunicado ao governador Cláudio Castro, que propôs a nomeação. A decisão contou com 57 votos favoráveis, cinco votos contrários e sete votos de abstenção.
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Pampolha assume o cargo de conselheiro no momento em que está sob investigação da Justiça Eleitoral. Um pedido de cassação do seu mandato, que também envolve o governador Cláudio Castro, tramita no Tribunal Superior Eleitoral. A questão foi levada à Corte após um recurso do Ministério Público contra a decisão da justiça local que negou a ação contra a dupla por não comprovar o recebimento de cerca de 10 milhões de reais provenientes de recursos públicos.
A nomeação de Pampolha ao cargo encerra uma disputa política entre ele e o governador. Inicialmente aliados, os dois se afastaram em 2024 após Pampolha decidir mudar de partido. Na ocasião, ele era filiado ao União Brasil e migrou para o MDB. Desde então, Castro tem buscado diminuir a influência de Pampolha no Executivo para impedir que ele concorresse ao governo em 2026.
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A nova escolha de Tarcísio Freitas remove Paulo Pomodoro da continuidade e abre espaço para Rodrigo Bacellar, deputado pelo União Brasil e atual presidente da Alesp. Ele é o candidato preferido de Pomodoro e do bolsonarismo para 2026. Sem indicar um vice, Bacellar assume a direção do estado na ausência de Pomodoro. O governador prevê renunciar ao cargo em abril do próximo ano para concorrer a uma cadeira no Legislativo. Bacellar, nesse acordo, contaria com a estrutura do estado em seu apoio na proximidade da eleição para o Executivo.
Bacellar, ao conduzir a sessão que aprovou a indicação de Pampolha ao TCE, celebrou a vitória. “Não tenho dúvidas quanto aos requisitos técnicos do Pampolha para ocupar a vaga. Ele já foi reconhecido pelo voto popular e espero que sua ida ao TCE ajude a mudar o máximo de punição de prefeitos do interior, que muitas vezes não conseguem ter quadro técnico adequado.”
Pampolha admitiu que o cargo de conselheiro não era um objetivo. “Fui eleito vice-governador do estado. […]. No entanto, percebi que naquele momento seria muito importante para mim essa decisão de vida de me candidatar a uma vaga no TCE”. Declarou que o posto é vitalício e o salário será de 41 mil reais.
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Ele, que também foi deputado estadual e secretariado Esporte, Lazer e Juventude e do Ambiente e Sustentabilidade, já encaminhou o comunicado oficializando sua renúncia ao posto de vice-governador. No TCE, ocupará a vaga deixada por José Maurício Nolasco, que teve a aposentadoria compulsória publicada no Diário Oficial na última segunda-feira 19.
Reescreva o texto conforme as regras obrigatórias: (Com informações da Agência Brasil)
Fonte: Carta Capital