Operação Contenção: Estado do Rio Enfrenta Crise com Apoio Federal Limitado

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, declarou nesta terça-feira (28), em entrevista à TV Globo, que o estado não possui recursos suficientes para combater o crime organizado sozinho. Ele ressaltou que o governo já havia solicitado auxílio federal em uma operação anterior contra o Comando Vermelho (CV), porém, o pedido foi negado.

A situação reflete um cenário de crescente tensão, com a polícia do Rio conduzindo uma megaoperação contra a facção.

A ação resultou em baixas significativas, com a morte de pelo menos dois policiais e 18 criminosos. Além disso, 81 indivíduos foram presos. O secretário Santos descreveu a situação como um “Estado de Guerra” no Rio de Janeiro, evidenciado pelo uso de drones pelo CV para lançar artefatos explosivos contra as forças policiais e a população.

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A complexidade da situação é agravada pela vasta extensão territorial do estado, com aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de áreas desordenadas, incluindo cerca de 1900 favelas.

O governador também expressou seu pesar pela falta de apoio de outras esferas de poder. Ele afirmou que as polícias estaduais estão operando de forma isolada, sem o suporte de blindados ou agentes federais, como em operações anteriores. A situação é complexa, considerando que o estado é o quarto menor do Brasil, mas o terceiro mais populoso, com 600 fuzis apreendidos na posse de criminosos.

O Ministério Público do RJ denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico e três homens por tortura, incluindo Edgar, conhecido como Doca, apontado como operador e responsável pela expansão do CV. A operação, que conta com o apoio de promotores do Ministério Público Estadual, foi resultado de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

A Operação Contenção visa capturar lideranças criminosas do Rio e de outros estados e combater a expansão territorial do Comando Vermelho, que controla dois complexos com 26 comunidades.

As ações envolvem a participação de policiais militares do Comando de Operações Especiais e das unidades operacionais da PM, além de agentes da Polícia Civil mobilizados de todas as delegacias especializadas. A operação é reforçada com tecnologia avançada, incluindo drones, dois helicópteros, 32 blindados terrestres, 12 veículos de demolição e ambulâncias.