Victor Santos propõe nova estratégia para combater crime organizado nas favelas do Rio

Victor Santos propõe nova abordagem no combate ao crime organizado nas favelas do Rio, com foco na “retomada” e integração entre níveis de governo. Estratégia visa regularização fundiária e desarticular a estrutura financeira do crime

06/11/2025 8:08

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Victor Santos propõe nova estratégia para combater crime organizado nas favelas do Rio
(Imagem de reprodução da internet).

O secretário de Segurança do Estado, Victor Santos, apresentou uma nova perspectiva no enfrentamento ao crime organizado nas favelas durante uma entrevista ao programa 3 em 1 da Jovem Pan. A principal mudança reside na distinção entre “ocupação” e “retomada”, argumentando que a abordagem anterior, centrada unicamente na Polícia Militar, não era eficaz.

Ele enfatizou que a “retomada” – que envolve a integração entre os níveis municipal, estadual e federal – é um passo crucial, e que essa estratégia já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Favelas e a Necessidade de Integração

Santos ressaltou que 22% da população do Rio de Janeiro reside em favelas, uma porcentagem significativamente superior à média nacional de 8,1%. Essa realidade torna inviável uma estratégia baseada apenas no uso da força policial. Ele defendeu que o Estado deve se envolver com as comunidades, considerando suas necessidades específicas.

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Segundo ele, o principal desejo da população que vive em favelas é ter acesso à moradia, e a primeira etapa da “retomada” deve ser a regularização fundiária, garantindo títulos de propriedade.

Atualização Legislativa e Estratégias de Combate

O secretário também defendeu a necessidade de atualizar as leis brasileiras para acompanhar a evolução das organizações criminosas. Ele criticou a legislação antiterrorismo de 2016, argumentando que não aborda adequadamente motivações contemporâneas, como as praticadas pelas milícias. Santos enfatizou que a segurança pública deve ser vista como defesa e soberania nacional, e que o Estado não pode simplesmente impor projetos às comunidades, mas sim ouvir suas demandas.

Foco na Estrutura Financeira do Crime

A nova estratégia do governo fluminense visa atacar a estrutura financeira das organizações criminosas, em vez de apenas prender líderes. Santos explicou que o Rio de Janeiro passou a analisar a criminalidade sob a perspectiva do “negócio”, buscando desarticular fontes de lucro, como o controle de serviços essenciais nas favelas, como internet e gás.

Ele citou os bairros do Alemão e da Penha como exemplos, onde o controle desses serviços gera milhões de reais em receita para o crime organizado.

Operações Policiais e Minimização de Riscos

Em relação à operação recente nas comunidades do Alemão e da Penha, o secretário destacou que o foco principal foi o cumprimento de mandados de busca e apreensão, com ênfase na coleta de dados digitais e financeiros. A operação resultou em quatro feridos, com lesões leves, e buscou minimizar os riscos para os moradores. A coleta de dados, incluindo mídias, sinais de Wi-Fi e informações em nuvem, é considerada crucial para desmantelar as operações criminosas.

Críticas à Relação entre Poder Público e Jogo do Bicho

Victor Santos também criticou a relação entre o poder público e o jogo do bicho, apontando o carnaval como um exemplo. Ele observou que, durante o período festivo, autoridades e bicheiros frequentemente se encontram, como se fosse uma celebração cultural.

O secretário ressaltou que o Rio de Janeiro enfrenta uma crise moral e que não se pode permitir que escolas de samba homenageiem criminosos.

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