Vieira afirma que o crédito ao trabalhador na Caixa alcança R$ 12 bilhões
A taxa média de crédito para trabalhadores da iniciativa privada foi de 2,5% ao mês, afirmou o presidente da estatal.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, afirmou nesta quinta-feira (5.jun.2025) que o banco já concedeu entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões por meio do Crédito do Trabalhador – linha voltada a trabalhadores da iniciativa privada. Segundo ele, se o ritmo for mantido, a estatal poderá encerrar 2025 com R$ 100 bilhões em contratos firmados nessa modalidade.
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O que torna essa modalidade interessante é que não é exclusiva dos bancos públicos. Os bancos públicos têm seu papel, mas o mercado absorveu como grande oportunidade, afirmou Vieira. Segundo o presidente da Caixa, o Crédito do Trabalhador permite que instituições privadas possam oferecer empréstimos para pessoas que não tinham acesso antes devido aos riscos.
O Crédito do Trabalhador é uma modalidade de crédito consignado em que o desconto ocorre diretamente na folha de pagamento do empregado da iniciativa privada. O governo federal estabeleceu que o trabalhador com carteira assinada poderá utilizar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como garantia para o empréstimo, o que, em tese, diminui os riscos para as instituições financeiras e reduz as taxas.
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O Poder360 demonstrou, contudo, que, mesmo com o Crédito do Trabalhador, a taxa média de juros cobrados nas operações de crédito consignado atingiu um recorde em abril. O juro médio subiu de 2,90% ao mês em fevereiro, antes do anúncio da nova modalidade, para 3,94% ao mês em abril.
O Crédito do Trabalhador foi lançado em 21 de março. O presidente da Caixa declarou que o Crédito do Trabalhador resultou na contratação de mais de R$ 500 milhões no 1º trimestre – de 21 a 31 de março. De 21 a 31 de março. Afirmou que o financiamento foi destinado para empregados celetistas, incluindo domésticos, rurais e microempreendedores.
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A instituição informa que a taxa é a menor do mercado, em média, com valores que chegaram a 10,7% do total da carteira do banco.
Segundo Vieira, o primeiro trimestre de 2025 apresentou-se “bem desafiador” para os bancos, devido à necessidade de se adaptar à Resolução 4.966 do CMN. A nova regra altera o método de cálculo de juros para uma parcela da carteira, visando uma análise mais detalhada das entradas dos empréstimos.
A redução gerou uma diminuição nas receitas de crédito. O lucro líquido do Banco do Brasil também foi afetado pela alteração da regra.
O presidente da Caixa informou que a estatal necessitou realizar uma série de readequações em relação ao risco sistêmico e à perda esperada.
Vieira afirmou que o período foi difícil, porém com resultados positivos. “Temos números que se destacam como números muito relevantes. Obtivemos lucro líquido contábil de quase R$ 6 bilhões. É um número expressivo”, declarou.
O presidente da Caixa declarou que dois fatores foram responsáveis pelo lucro líquido contábil ter mais que dobrado em um ano.
Os ativos totais da Caixa aumentaram de R$ 3,3 trilhões no primeiro trimestre de 2024 para R$ 3,6 trilhões no primeiro trimestre de 2025. Os ativos administrados pela estatal totalizaram R$ 2,1 bilhões, com crescimento de 9% nesse período.
As Loterias Caixa totalizaram R$ 5,5 bilhões no 1º trimestre de 2025, valor 10,1% inferior ao do mesmo período de 2024, com uma premiação líquida de R$ 2,1 bilhões para os apostadores. Dos recursos arrecadados, R$ 2,1 bilhões foram direcionados aos programas sociais do governo federal.
As Loterias Caixa representam uma fonte relevante de recursos para promover o desenvolvimento social no Brasil, afirmou o comunicado da instituição.
Fonte por: Poder 360