Votos contabilizados em Portugal para a eleição do novo parlamento

As urnas para a eleição do novo parlamento de Portugal encerraram às 19h (15h no horário de Brasília) deste domingo (18). Portugueses foram às ruas para exercer seu direito de voto na terceira eleição legislativa do país em três anos, após o presidente Marcelo Rebelo de Sousa dissolver a Assembleia da República e convocar um novo pleito.

As urnas foram abertas às 8h no horário local, e os resultados preliminares devem ser divulgados a partir das 20h (16h no horário de Brasília).

Os resultados também indicam a eleição do novo primeiro-ministro do país, após Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PS), ter sido destituído do cargo em março deste ano.

Dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE) indicam que a participação diminuiu em mais de dois pontos percentuais em relação ao pleito eleitoral de 2024. Até as 16h, horário de Lisboa, o CNE havia registrado 48,28% de participação eleitoral. André Wemans, porta-voz da Comissão, afirma que a porcentagem era de 51,96% no mesmo horário do ano passado.

As pesquisas indicam

Uma pesquisa pré-eleitoral da Universidade Católica de Lisboa, veiculada pela RTP na quinta-feira (15), indica que o partido Aliança Democrática (AD) lidera novamente as intenções de voto, porém ainda não alcança uma maioria efetiva.

A projeção indica que a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, alcançará o maior volume de votos, porém sem obter a maioria no parlamento. Esse cenário se assemelharia ao resultado da eleição anterior, em março de 2024, com um pequeno acréscimo para a AD.

A pesquisa indicou que a AD alcançou 34%, superior aos 32% da mesma pesquisa da semana anterior e aos aproximadamente 29% obtidos na eleição do ano passado, que resultou em um governo minoritário liderado pela AD.

O apoio ao Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, diminuiu de 28% para 26%.

“Todos os indicadores mostram que estamos no caminho correto, porém nada é garantido”, declarou Montenegro, rodeado por apoiadores animados que exibiam bandeiras e proferiam slogans políticos no último evento de campanha da AD na sexta-feira.

Segundo dados divulgados na quinta-feira, o partido de extrema-direita e contra a imigração Chega, com o qual Montenegro se recusa a firmar acordo, ocupa a terceira posição nas pesquisas, com 19%, com pouca variação em relação ao resultado de 2023.

Quais foram os motivos para a convocação de novas eleições?

Portugal realizará sua terceira eleição geral em três anos. As eleições foram antecipadas após o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolver o parlamento português e convocar um novo pleito.

O adiantamento ocorreu após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PS), ser destituído em março deste ano.

A oposição questionou sua integridade em relação aos negócios de uma empresa de consultoria que ele fundou e que agora é administrada por seus filhos. Montenegro, que estava a três semanas de completar um ano no cargo, apresentou a moção de confiança, que foi negada. ele foi destituído, e o presidente convocou novas eleições.

Com informações da CNN Portugal

Fonte: CNN Brasil