Zambelli afirmou que “não sobreviveria na cadeia” após a condenação do STF

Deputada federal declara possuir o apoio de parlamentares para revogar a acusação criminal contra si; Supremo Tribunal Federal julgou a representante.

16/05/2025 15h39

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que não sobreviveria na prisão e garantiu ter o apoio de outros congressistas para revogar a ação penal que a envolve. Zambelli foi julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) com uma pena de 10 anos de reclusão e inelegibilidade devido ao crime de falsidade ideológica e à invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

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A parlamentar declarou que enfrenta a síndrome de Ehlers-Danlos, depressão e questões cardíacas. “Embora seja injusta a determinação, eu cumpro a lei. Se ocorrer a detenção, me apresentarei. No entanto, não me vejo apta a receber os cuidados de que necessito [enquanto estiver presa]. Estou obtendo diversos laudos médicos e eles são unânimes em afirmar que eu não sobreviveria na prisão”, afirmou em entrevista a jornalistas.

Em relação à votação para a suspensão da ação penal que permita ao parlamentar concluir o mandato, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes declarou que “não é interessante adiantar a estratégia”. O ministro negou na segunda-feira (12.mai) o pedido para interromper o julgamento contra a congressista enquanto o PL (Partido Liberal) analisa a solicitação.

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A deputada afirmou que já possui grande parte do apoio necessário para a votação, aguardando o momento oportuno e ainda tendo tempo para concretizá-la.

Zambelli reiterou que não invadiu o sistema do CNJ e tampouco forjou mandados de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. “Seria tão ridículo, como disse a ministra Carmen Lúcia, que representaria burrice. Eu não colocaria meu mandato em risco por causa de uma piada sem graça”, declarou.

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Acompanhe a entrevista completa (36min30s):

Compreenda a situação.

O Supremo Tribunal Federal julgou procedente o pedido e condenou unânime Carla Zambelli. O ministro Luiz Fux foi o último a votar e acompanhou na quarta-feira (14.mai) o voto do relator, Moraes. O hacker do “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, também foi condenado.

A Polícia Federal indiciou a congressista e o hacker em fevereiro de 2024. O propósito das invasões seria inserir documentos falsos de soltura e mandados de prisão contra Alexandre de Moraes, fraudando sua assinatura. Segue a íntegra do relatório (PDF – 38 MB).

A parlamentar, conforme alegado pela defesa do hacker, teria arcado com um valor total de R$ 40.000 para a invasão de “qualquer sistema do Judiciário”. Zambelli nega ter contratado ou pago pelas invasões.

Na denúncia apresentada à Polícia Federal em novembro de 2023, a defesa da deputada reforçou a acusação de mitomania (compulsão por mentir) contra Walter Delgatti Neto. Segue a íntegra (PDF – 1 MB).

Em depoimento à CPI instaurada em janeiro de 2023, que contou com a presença de deputados e senadores, o hacker reiterou que a solicitação do ataque ao site foi feita pela parlamentar. Ele também alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia prometido anistia em caso de prática ilegal.

Ariovaldo Moreira, advogado do hacker da “Vaza Jato”, também declarou que Delgatti ofereceu à PF detalhes da sala onde esteve no Ministério da Defesa, para auxiliar na elaboração de um relatório sobre vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.

Fonte: Poder 360

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