A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) encontra-se fora do Brasil desde 25 de maio, quando partiu para a Argentina. A parlamentar havia sido julgada e recebeu uma pena de 10 anos e 8 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 14 de maio.

Zambelli deixou o país por terra e entrou na Argentina pela fronteira em Foz do Iguaçu (PR). A congressista viajou de carro até Buenos Aires e, de lá, seguiu para os Estados Unidos.

Não existe controle migratório na travessia da fronteira entre Brasil e Argentina nesta região. Dessa forma, a saída da deputada não foi registrada pela Polícia Federal.

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Em 3 de junho de 2025, Zambelli declarou que solicitará licença não remunerada de seu cargo e viajará para a Itália em breve. A congressista possui cidadania italiana.

Após anunciar sua saída do país, a PGR (Procuradoria Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva da deputada. Posteriormente, o Supremo Tribunal Federal decidirá se concede ou não a prisão. Em seguida, a Câmara avaliará a decisão.

A congressista partiu do Brasil antes do encerramento do julgamento de todos os recursos contra sua condenação. A deputada possui o passaporte, o que não caracteriza ilegalidade em sua saída do país.

Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por unanimidade pela 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em 14 de maio. O órgão julgou o processo criminal em que a congressista e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, são acusados pelos crimes de invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica.

A acusação da PGR sustenta que a congressista orquestrou a invasão do sistema do conselho para expedir um mandado de prisão contra Moraes, como se ele estivesse autorizando sua própria detenção.

Investigações revelaram que o ataque foi conduzido por Walter Delgatti, que admitiu ter agido sob as ordens da parlamentar. O hacker recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses de reclusão no mesmo processo.

O relator, Alexandre de Moraes, votou pela perda do mandato de Zambelli, que deverá ser declarada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Ele determinou ainda a inelegibilidade da congressista por 8 anos.

Zambelli só perderá o mandato após esgotamento de todas as vias judiciais.

Fonte por: Poder 360