Zelensky disposto a participar de encontro entre Putin e Trump
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (20) que está aberto a participar da reunião na Hungria entre os presidentes russo e americano, Vladimir Putin e Donald Trump, caso receba um convite. “Se me convidarem a Budapeste, em um formato onde nos reunamos os três, ou como é chamado, diplomacia itinerante, estamos de acordo”, declarou Zelensky em entrevista a jornalistas.
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Trump anunciou na semana passada que se encontrará com Putin em Budapeste “nas próximas duas semanas”. O objetivo do encontro é “ver se conseguimos encerrar esta guerra sem glórias entre Rússia e Ucrânia”. O último encontro entre os dois líderes ocorreu em 15 de agosto no Alasca, mas não resultou em avanços concretos para a resolução do conflito, que começou com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Conversa entre Lavrov e Rubio
Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, teve uma “conversa construtiva” com seu homólogo americano, Marco Rubio, sobre “possíveis passos concretos” relacionados à reunião, conforme informou a chancelaria russa.
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Um dia após o anúncio do encontro em Budapeste, Trump se reuniu com Zelensky na Casa Branca. Durante a conversa, ele incentivou o presidente ucraniano a buscar um acordo com a Rússia. No entanto, Zelensky ressaltou que Moscou ainda exige a retirada das forças de Kiev do Donbass, uma região industrial no leste da Ucrânia. “Não vamos entregar a vitória aos russos”, afirmou.
Reivindicações da Rússia e apoio à Ucrânia
A Rússia reivindicou em 2022 a anexação das regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk, poucos meses após iniciar a invasão. Em Bruxelas, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, defendeu a “integridade territorial” da Ucrânia. “Se cedermos esses territórios, enviaremos a mensagem de que basta usar a força contra os vizinhos para conseguir o que se quer”, destacou.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também se manifestou, afirmando que ucranianos e europeus “deveriam estar presentes” na reunião anunciada.
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