Zoológico emprega boneco de mão para alimentar filhote de urubu-rei raro

Os cuidadores do zoológico tratam do urubu-rei por meio de um fantoche, evitando que o animal desenvolva apego.

01/05/2025 13h19

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Em fevereiro, ocorreu um evento incomum no Zoológico do Bronx, em Nova York, nos Estados Unidos. Um filhote de urubu-rei (Sarcoramphus papa) nasceu, sendo o primeiro registro desde a década de 1990. Os biós estão alimentando o animal manualmente, empregando uma técnica desenvolvida há mais de 40 anos.

Os cuidadores do zoológico utilizam um fantoche para representar o urubu-rei, visto que a ave não recebe cuidados de seus pais, podendo alguns urubus apresentar negligência com seus filhotes. O método também busca evitar que o jovem crie vínculos afetivos com pessoas, e o sexo do bebê ainda não foi definido.

Nesta fase de desenvolvimento, a equipe de cuidados com os animais alimenta o filhote com o boneco do Zoológico do Bronx uma vez ao dia e está trabalhando para evitar que ele se apegue a humanos. Em um recinto adjacente e separado, há um urubu-rei adulto, o que permite que ele tenha contato com o comportamento adequado da espécie. Este é mais um passo importante que tomamos para garantir que o filhote se torne um adulto saudável e seja devidamente socializado como urubu-rei, explica o curador de ornitologia Chuck Cerbini, do Zoológico do Bronx, em comunicado à imprensa.

Os abutres jovens nascem com plumagem branca e começam a desenvolver penas jovens após o quarto mês de vida. Por volta de quatro anos de idade, eles atingem a plumagem adulta. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica a situação do urubu-rei como “pouco preocupante”.

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A espécie apresenta uma população estável, porém a destruição de seu habitat e a caça ilegal estão causando declínios significativos. São encontrados, principalmente, no norte da Argentina e do Uruguai.

A técnica com fantoches é antiga.

O zoológico norte-americano já havia empregado a técnica pela primeira vez há mais de 40 anos, em 1980, quando a equipe desenvolveu condores-andinos com um boneco de mão e projetado para imitar um pássaro adulto. Para que o tratador obtivesse sucesso, ele se disfarçava com a fantasia, ocultando o rosto e outras características humanas, alimentando o animal em seu ninho. Após a criação, os três filhotes de condor-andino foram transferidos para o noroeste do Peru, sendo liberados na natureza em 1981.

A mesma metodologia tem sido utilizada com sucesso em cativeiro para a criação e liberação do pássaro condor-da-Califórnia, espécie ameaçada de extinção. Todas as informações coletadas pelos cuidadores durante o processo são compartilhadas com outros zoológicos, buscando aprimorar as técnicas de manejo para o cuidado das populações de aves selvagens.

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Fonte: Metrópoles

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