Dinamarca denuncia suposta espionagem dos EUA na Groenlândia
O presidente republicano tem declarado, após assumir o cargo, que visa incluir o território com abundantes recursos naturais em seu país.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, denunciou nesta sexta-feira 9 uma suposta ação de espionagem dos Estados Unidos na Groenlândia, após o jornal Wall Street Journal (WSJ) informar que Washington busca fortalecer sua supervisão do território autônomo dinamarquês desejado por Donald Trump.
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A tensão aumentou entre Estados Unidos e Dinamarca após o presidente americano expressar repetidamente o desejo de assumir o controle da Groenlândia, sob alegações de segurança.
“É óbvio que você não pode espionar um aliado”, declarou Mette Frederiksen em Oslo, durante uma reunião dos dez países da Força Expedicionária Conjunta (JEF, na sigla em inglês), que reúne o Reino Unido e os países do norte da Europa.
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O ministro das Relações Exteriores já conversou com os Estados Unidos sobre o assunto, observou.
A embaixadora dos EUA, Jennifer Hall Godfrey, foi chamada ao ministério dinamarquês no dia anterior, com a presença de um representante do governo da Groenlândia.
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“Não podemos tolerar o fato de começarmos a espionar uns aos outros”. Esta mensagem foi enviada muito claramente hoje”, declarou o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, ao canal DR na quinta-feira.
A espionagem americana em Nuuk, [capital da Groenlândia], é totalmente inaceitável, declarou o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen.
As agências de inteligência receberam instruções para investigar o movimento de independência da Groenlândia e sua postura em relação à exploração de seus recursos pelos Estados Unidos.
Adicionalmente, foi pedido para identificar pessoas na Groenlândia e na Dinamarca que apoiam os objetivos dos Estados Unidos no território autônomo dinamarquês, informou o jornal.
De acordo com as pesquisas, a maioria dos 57.000 habitantes desse território dinamarquês autônomo deseja a independência e não quer que ele seja anexado pelos Estados Unidos.
Fonte: Carta Capital