A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia, afirmou ter sofrido um ato racista em um evento da Corte. Em entrevista à CNN, a magistrada relatou o incidente que a surpreendeu.
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A ministra Vera Lúcia foi impedida de acessar o prédio onde ocorreria um seminário organizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Negação sistemática de acesso
A ministra relatou que os atendentes e o vigilante, acionado por ela, se recusaram a examinar, sequer, a minha identificação.
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Vera Lúcia declarou que entregou sua carteira funcional com o brasão do Poder Judiciário, porém seu acesso foi recusado.
A ministra destacou que não ocorreu uma declaração explícita de insulto racial, mas sim uma série de ações que obstruíram o acesso de uma pessoa negra ao local público.
Ele afirmou que não houve declaração de que sua cor era motivo para impedir a entrada, mas sim uma série de ações que impediram o acesso ao local ao qual foi convidado, exclusivamente por ser negro.
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O Brasil como expressão da exclusão racial.
Vera Lúcia abordou a presença de indivíduos negros no âmbito jurídico. Ela ressaltou que o país é segregado a partir do recorte racial, o que se manifesta em todas as áreas, incluindo o sistema judiciário.
A ministra destacou os esforços do Poder Judiciário na implementação de políticas de ação afirmativa, mencionando sua atuação no TSE como evidência desse compromisso.
Contudo, ressaltou que ainda há muito a ser feito no combate ao racismo estrutural.
“Qualquer pessoa, em qualquer tipo de relação, hierarquiza essa relação em função da sua cor da pele”, declarou Vera Lúcia, destacando que o racismo pode ser reproduzido até mesmo por indivíduos negros em cargos de poder.
Fonte: CNN Brasil