A desglobalização é prejudicial para o Brasil a longo prazo, afirma economista do UBS

Solange Srour ressalta que o movimento também eleva os riscos geopolíticos globais.

04/05/2025 3h07

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(Imagem de reprodução da internet).

As tarifas de Donald Trump foram, na visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma medida para promover a desglobalização. A diretora de macroeconomia para o Brasil na UBS GWM, Solange Srour, avaliou que o movimento apresenta uma perspectiva de curto prazo positiva, porém com sérias preocupações para o médio e longo prazo.

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Segundo Srour, o Brasil pode obter vantagens no curto prazo em razão do dólar fraco e da diversificação de portfólios globais. “No curto prazo eu acho que a gente pode se beneficiar assim, a gente está passando por um momento de dólar fraco, num momento de mudança de portfólio para diversificação”, explicou a economista.

Contudo, a especialista alertou sobre os desafios que o país poderá enfrentar no futuro. “No meio e longo prazo, se realmente estamos indo para um mundo muito mais polarizado, o Brasil ficará em uma situação difícil”, declarou Srour. Ela destacou a possível desaceleração da China, principal parceiro comercial do Brasil, como um fator de risco.

Riscos geopolíticos e a necessidade de reformas.

A economista também destacou o aumento dos riscos geopolíticos, citando conflitos existentes e futuros, incluindo as tensões em torno de Taiwan. Srour ressaltou que, para um país exportador de commodities como o Brasil, uma desaceleração global não é positiva.

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A especialista alertou que a empresa está preparada para crescer de outras formas, não apenas em commodities, devido à possibilidade de um período de baixo crescimento na China, nos Estados Unidos e na Europa.

Srour destacou a relevância de o Brasil promover reformas internas, notadamente na diminuição das taxas de juros. “Se não conseguirmos trabalhar com juros mais baixos, não dá para desenvolver nada no Brasil. O custo de oportunidade do Brasil, ele afeta o investimento, ninguém investe no Brasil tendo um custo de oportunidade de 8% real ou mais”, afirmou.

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Estou cautelosamente otimista em relação ao curto prazo, observando e apreciando a possível melhora nos preços de ativos, mas essa situação de desglobalização não é favorável para o Brasil no médio e longo prazo, concluiu.

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Fonte: CNN Brasil

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